sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Afinal chama-se frio...

Pois ao que parece ontem o termometro congelou nos 23 graus negativos e a temperatura ainda promete descer amanha. O gelo e a neve passaram a fazer parte do meu dia a dia. O verao desta terra é o inverno portugues.
Mas que desgraça.


domingo, 12 de dezembro de 2010

Um calor esquisito este...

Estou de volta a Terlicko. Desta feita, estou a tomar contacto com a neve de uma forma mais profunda e, apesar da minha estadia ser muito recente, ja deu para perceber a ideia. O frio torna qualquer incursao exterior muito breve e a neve em si, além de enervante, é também perigosa. Aquela intermitencia branquinha no ar e o manto suave que se forma no chao sao apenas uma camuflagem. Recordo-me agora que ainda hoje vi um carro virado ao contrario quando ia a conduzir para o trabalho.
No fundo o que eu quero dizer é que isto é muito bonito mas é na televisao.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

XXIV Feira Internacional dos Minerais, Gemas e Fósseis

O mau tempo potencia de sobremaneira a mudança nas nossas rotinas diárias e ocupação do tempo livre. Daí que, para mim, visitar um museu seja claramente um programa de Inverno. Proximamente, de 8 a 12 de Dezembro, volta a feira dos minerais ao museu de história natural e voltarei eu à feira uma vez mais. Não é necessário ser um interessado em pedras para frequentar esta exposição exótica; a garantia única será a de que a curiosidade levará ao espanto. Assim tem sido sempre e por isso é que aconselho a visita.
Para mim, esta feira significa mais que um simples mercado onde se vende a imaginação da mãe natureza. Por entre pedras e pedrinhas, descubro sempre o miúdo que um dia, já há muitos anos, nesta mesma feira, quis ser geólogo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Petrobras acredita que há petróleo em Portugal

Quatro anos depois de ter apostado na pesquisa de petróleo e gás natural na bacia de Peniche, a brasileira Petrobras continua a acreditar que vale a pena investir neste projecto - uma empreitada onde a perfuração de um poço poderá custar cerca de 100 milhões de dólares (74,7 milhões de euros).

Parceira das portuguesas Galp (30%) e Partex (20%), a Petrobras (50%) defende que, mesmo sendo um projecto de alto risco", há 10% a 12% de probabilidades de encontrar o tão desejado ‘ouro negro' na costa portuguesa. São números que não assustam o responsável pelo negócio do grupo brasileiro em Portugal, José de Freitas. Com um optimismo moderado, o gestor explica, em entrevista ao Diário Económico, que "estes são os números da indústria de petróleo. Quando a possibilidade de sucesso ultrapassa os 30%, é uma alegria tremenda".

Pior do que não encontrar nada, diz, é quando se descobre algo, obrigando a decidir se vale a pena continuar a injectar dinheiro na exploração. Prova disso são os 200 milhões de dólares (150 milhões de euros) que a Petrobras acaba de aplicar num poço na Turquia, no Mar Negro, com ‘resultado zero'. (noticia daqui)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Těrlicko, Česká republika

Cheguei ja la vao duas semanas. Estava muito frio na primeira semana e lembro-me de pensar que nao estava preparado para este clima. Os portugueses sempre se deram melhor com o tempo quente - os nossos antepassados foram descobrir novos mundos sobretudo para sul, pois bem. Felizmente, no fim de semana o tempo mudou e o frio aterrador deu lugar a um ameno Outono. E tudo se tornou bastante mais suportavel. A neblina levantou, o ceu mudou de cinzento para azul e o gelo matinal foi substituido pela imensa folha caduca.
Estou em Těrlicko, uma terra pequena perto de Ostrava, a terceira maior cidade da Republica Checa, a cerca de dez ou quinze quilometros da fronteira com a Polonia. A regiao circundante é bastante rural mas a presença de um lago atrai bastantes turistas, sobretudo no verao, ao que parece.

sábado, 23 de outubro de 2010

Viagem a Ostrava

Como sempre, parti de Lisboa. De Zurique a Viena, acabando em Ostrava, foi assim o trajecto do meu dia de viagem. As paragens, uma vez mais, foram demasiado curtas para visitas. O facto de ser viajante com destino e hora de chegada nem sempre é de louvar. Talvez, tivesse eu mais liberdade, me perdesse por alguns destes destinos para estadias mais ou menos prolongadas, dependendo da minha vontade. Talvez.
Talvez noutro dia.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Feira de Castro Verde 2010

No fim de semana passado passei por Castro Verde a caminho do Algarve. Parei para ver a feira e para visitar amigos. Apesar da breve estadia ainda tive tempo para enfeirar qualquer coisa. Curta mas gostosa esta paragem. Despedi-me de amigos e da feira, com a intençao de regressar no proximo ano e com mais tempo. Chegado ao Algarve, refiz-me da viagem e ate passei de bicicleta pela praia no dia seguinte. Refiz planos para adiar o meu regresso a Lisboa. Refiz os planos feitos com a noticia da minha subita partida para a Republica Checa. Regressei a Lisboa. Estou na Republica Checa desde quarta-feira.
A vida sera sempre uma viagem.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

XXVII Lição Manuel Rocha

Como de costume, estarei fora de Portugal mas fica aqui divulgado o evento para os interessados. O convidado deste ano é o professor Luís González de Vallejo (sim, o tipo que escreveu aquele livro de capa amarela) e a lição será dedicada à relação entre o risco geológico e o design de infra-estruturas de larga escala. A não perder.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Istanbul, pela terra e pelo ar

Desta vez estava preparado. Trazia comigo o guia turístico da Turquia e o mapa detalhado de Istanbul. Estava confiante e acima de tudo preparava-me para ser "obrigado" a ficar um dia a visitar a cidade devido à súbita alteração do voo de helicóptero que me iria levar do mar negro a terra. O plano seria aterrar a meio do dia no aeroporto de Sabiha Gokçen (a este do Bosforo, portanto já na parte asiática) e daí faria o trajecto de carro para o "meio" de Istanbul, ficando a pernoitar algures por esses lados, até ao dia seguinte, quando teria que apanhar finalmente o meu voo de volta a Lisboa.
O que aconteceu, na verdade até foi semelhante, sem a parte de ficar a pernoitar, anulando-se também a parte turística. Fui directo para o aeroporto de Ataturk onde tive que aguardar pelo meu voo, conseguido à ultima da hora para o próprio dia, fazendo escala em Madrid. Há bens que também vêm por mal. Numa cidade com quase vinte milhões de habitantes convém não brincar com o trânsito; tive que abdicar da visita a um qualquer palácio, templo ou museu que fosse. Ao invés, fiquei sentado num aeroporto durante quase três horas, sem que me permitissem aliás realizar o check in com antecedência.
Fica-me o pesar de ter passado quatro vezes por Istanbul sem nunca ter visitado a cidade. Haverá males piores; ainda assim consegui reunir algumas fotografias tiradas a bordo do helicóptero ou do interior do carro. De mapa em riste, sempre tive a noção por onde andei ou voei. Por isso é que sei que me faltou ver tanta coisa.
À partida, não disse adeus. Mesmo sabendo que não será em breve, disse até outro dia.







segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nova carta geológica de Portugal 1:1 000 000

"O Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) publicou uma carta geológica que descreve pela primeira vez à mesma escala o substrato geológico do território do continente, das ilhas e de parte da região imersa portuguesa.

A carta, à escala de 1:1 000 000, apresentada na feira Portugal Tecnológico, que termina este domingo na FIL, em Lisboa, foi realizada segundo novas tecnologias e, além de apresentar pela primeira vez as ilhas e a parte do território escondido pelo oceânico, relaciona a diversidade do substrato geológico do território com as respectivas idades geocronológicas.

Até agora existia uma outra carta geológica, de 1968, agora obsoleta, que apenas continha o continente e que foi realizada ainda antes da divulgação da teoria das Placas Tectónicas e da evolução recente de conceitos científicos ligados à geologia." (noticia daqui)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tempestade no Mar Negro

Dei por mim a percorrer uma infima parte desta imensa blogosfera portuguesa e constato que, sem querer, acertei nas paginas certas. Senao, nao saberei como explicar a sabedoria que me foi transmitida, o meu presente estado de iluminado. Por entre dialogos futeis, conversas sobre sapatos, e devaneios literarios, ele ha de tudo. E, no entanto, sinto-me excluido. Nao me meto em confusoes das trocas de comentarios, que muitas vezes tem um sentido escondido e servem de mensagem para outros. Nao entendo o mundo secreto das malas e sapatos de senhora, quanto mais de outro tipo de acessorios. Custa-me ainda admitir mas, o bloguista mais comum parece ja ter lido os livros todos enquanto que aqui o pobre, carrega apenas o seu segundo livro de Saramago, para durar 3 semanas do (pouco, eu sei) tempo livre. Estou claramente fora.
Contudo, confesso que me agradam certas polemicas e picardias deste microcosmos da blogosfera. Sem nunca ter participado nelas, vejo-me a aplaudir silenciosamente certos comentarios ou respostas a letra. Da miuda que tem mau feitio, ao gajo que tem a mania que e esperto, passando pela outra que pensa que e do piorio, tenho os meus preferidos certamente. Cada qual desenvolveu a sua propria identidade que projecta no seu blog ou no do alheio. Legioes de seguidores aplaudem de pe e lancam farpas aos bloguistas adversarios que deles discordam, seja o assunto um novo livro ou a nova coleccao da HM. Gosto em particular dos emaranhados intelectuais de que padecem certos blogs e seus visitantes, onde verborreias cronicas se despejam diariamente, ao quilograma, misturando-se hermeneuticas, religiao e merdas. Sim, aprendi muito recentemente que uma certa dose de palavras menos correntes, misturadas com uma ou outra de calao esta na moda e aconselham-se. Sera como o tempero do novelo de esparguete em que se transformou o, decerto, bem intencionado texto. Ao que parece, o bloguista desenvolve o status de intelectual, mas que nao sera um qualquer; sera aquele que fala de Descartes melhor que ninguem mas que simultaneamente pragueja como deve ser. Haja distincao. Ha uns iluminados, e so depois os outros.
E no entanto, aparentemente todos se conhecem, neste extenso mundo de ideias, onde no fundo, todos estamos a distancia de uns quantos cliques. Sublime.
Isto tudo surge-me assim, quando queria apenas comunicar que estou presentemente a bordo de uma Semi-Sub, a Leiv Eiriksson, a flutuar no mar negro, durante uma tempestade. Para alguem menos avisado que esperava talvez uma descricao de uma aventura qualquer, talvez ate interessante, apresento-lhe desde ja as minhas desculpas. Aqui so se escreve sobre vida real.

A Leiv Eiriksson aquando da sua passagem pelo Bosforo, em Istanbul (a fotografia nao e minha).

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dormir com as estrelas

Não trouxe mais recordações da Turquia para além daquelas que cabem na minha memória. Não tirei as fotografias que desejava aos altos minaretes e mesquitas que apenas vislumbrei de longe. Não segui o caminho das muralhas romanas ou das pontes bizantinas. Não cheguei a conhecer Istambul de perto. Não tenho as fotografias do turista que foi à Turquia. Contudo, tenho a fotografia em andamento de uma aldeia a sudeste de Diyarbakir. As casas são pobres como as pessoas mas não foi isso que me chamou a atenção; o interessante foi constatar que aqui se dorme em camas instaladas no telhado, sendo o ar livre o refugio para o calor do interior das casas. Aqui, sonha-se mais perto das estrelas.

sábado, 14 de agosto de 2010

A Sudeste de Diyarbakir, assim como quem vai para o Iraque, em pleno Curdistão turco...

Cheguei ontem, cansado e dormente. Embora tenha estado apenas uma semana fora, a viagem pesou.
Tudo começou pela manhã, com um taxi que chegou atrasado e com uns cerca de setenta quilómetros a separar-me do aeroporto, em Diyarbakir. Consegui chegar a tempo. Aliás, no que toca a aviões, não tenho perdido nenhum. E assim continuei o meu trajecto, a saltitar de avião para a avião. De Diyarbakir para Istambul, daí para Munique e, finalmente, até Lisboa, já pela noite adentro.
Para dizer a verdade, fiquei bastante agradado com a Turquia em muitos aspectos. Apesar de estar na região dos curdos, aparentemente insegura, não vi mais que uma ocasional kalashnikov ou o raro tanque. Sei também que recentemente a guerrilha curda explodiu um oleoduto algures mas o problema deles não é seguramente comigo, portanto senti-me mais ou menos à vontade para fazer e falar o que me apetecesse. Gostei das paisagens, da simplicidade das pessoas e da história da região. Diyarbakir por exemplo, possui uma imponente muralha romana, extremamente bem conservada, a circundar a cidade, que foi do pouco que pude ver. Istambul também não vi muito de perto mas ter passado por lá já me deixou contente e fez-me pesquisar os pontos de interesse. Aliás, comprei um guia de viagem da Turquia e, folheá-lo novamente agora, dá-me vontade de correr o país de uma ponta à outra. Talvez noutro dia, noutra viagem e, preferencialmente, como turista.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Festival dos Oceanos em Lisboa

O melhor que tenho a fazer antes de ser lançado para dentro de mais um avião é aproveitar esta Lisboa de hoje que cada vez mais considera os tais como eu, os que também vivem de noite. Assim sendo, aceitei os convites que a cidade me fez e fui passear estas tardes à baixa, para terminar a noite na praça do comércio ou na praça do município. A primeira fez-se encher no sábado para a muito aguardada performance da Lauryn Hill. Digo muito aguardada porque efectivamente se esperou muito, tendo eu inclusivamente zarpado para outras bandas antes da senhora soltar a voz.
O momento alto da semana para já foi no domingo, com a companhia e voz da Mafalda Arnauth, ali mesmo de frente para edifício dos Paços do Concelho. O espaço está de facto muito bem aproveitado para o efeito e os fadistas que por lá irão passar nos próximos tempos foram muito bem escolhidos.
Há que dar mais de Lisboa a Lisboa.

sábado, 31 de julho de 2010

Lagoa de Albufeira

Pelo calor do dia, pela envolvência, pela proximidade, pela diferença ou seja por que razão for, é sempre agradável passar pela lagoa de albufeira, aqui tão pertinho de Lisboa.
Estou de volta a Portugal para mais uma interrupção no trabalho, que espero duradoura. Não há nada como o verão português em tempo de férias. A não ser talvez voltar a trabalhar na Líbia...
Agora a sério, neste momento eu quero mesmo é férias cá.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ventos e mares

O vento sopra forte, arrastando o mar com ele. Estou de volta ao mar do norte apenas ha alguns dias mas apesar disso ja penso no bom tempo que deixei em Portugal. Ainda ontem aqui choveu como se fosse inverno e hoje o mar parece que quer engolir a plataforma.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Lisboa (23)

Desço a pé da graça e enfio-me pela almirante reis. A noite esta soberba para andar e passear por esta Lisboa. Na alameda rega-se o relvado e a partir dai torna-se finalmente hora do caminho ir dar a casa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lisboa (22)

Em noites quentes apetece esplanada. Aproveitei o reencontro que tive durante o dia anterior com o miradouro da graça para la voltar de noite.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Lisboa (21)

Vou e volto e a vida continua uma roda viva. Por entre pontes e castelos, pelo norte ou pelo sul, em terra ou no mar, sejam curtas ou longas as paragens, haverá sempre passagem por Lisboa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A partida do helicoptero

As coisas raramente sao lineares e muitas vezes precisam de ser vistas de varias perspectivas. Por isso, devo comentar que a partida do helicoptero se vislumbra sempre melhor quando estou sentado no seu interior.

Quando os dias comecam de manha

Mais uma semana passada no mar do norte e troquei finalmente a noite pelo dia. Acordo de manha, o sol nasce e os ponteiros do relogio comecam finalmente a mover-se mais rapido, ate que se faz hora de dar uma volta pela plataforma. Os avioes la em cima riscam o ceu, como se fossem pedacos de giz a percorrer um quadro de lousa. O tempo? Esta bom. Sente-se uma brisa suave e dao-se alvissaras pela continuacao de uma semana tranquila. A outra seguinte promete ser mais agitada, nao fosse ela marcada pelo meu regresso a Portugal. Se vou estar de ferias muito tempo? Nao, e' o costume. Planos? Tenho. Planeio comecar os dias de manha e termina-los no dia a seguir. Dormir consome demasiado tempo e a vida e' o que acontece por entre o piscar de olhos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Multiculturalidade

Trabalhar na Holanda com pessoas de cerca de 15 nacionalidades diferentes durante o mundial de futebol aparentemente significa que a seleccao da Franca e o alvo de gozo comum...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nova vida, a bordo de um Jack Up

A ideia de ir trabalhar para uma plataforma no mar do norte não foi propriamente a primeira que tive nestes últimos anos, mas tendo em conta a tal prolongada campanha na Líbia, passe a expressão, já estava por tudo. Bem sei que já tinha trabalhado em offshore no mediterrâneo mas numa plataforma fixa e com bom tempo. O meu receio prendia-se agora com a nova perspectiva do mesmo trabalho árduo ser agora acompanhado pelo movimento da ondulação (...e que ondulação!), caso a nova localização implicasse um barco ou coisa do género. Não foi o caso. Fui trabalhar para um Jack Up, que é a uma espécie de plataforma de furação de poços offshore rebocável. A estrutura é flutuante mas apenas para permitir o seu posicionamento nas coordenadas exactas, onde então se fazem descer umas pernas, fixando-a ao fundo do mar. Claro que isto só é aplicável a batimetrias relativamente baixas como no mar do norte (por volta dos 30-40 m) pelo que este tipo de estrutura seja lá bastante utilizado.

O Noble Lynda Bossler quando ainda se encontrava no porto de Ijmuiden.

O jack Up em causa foi então o Noble Lynda Bossler e foi ele que trouxe a ultima grande mudança na minha vida. Para começar, as temporadas de 6 semanas no Sahara foram substituídas por 2 semanas no offshore da Holanda. As pessoas que trabalham comigo são bastante mais competentes, se bem que a responsabilidade também aumentou (mas isso não é uma coisa que me assuste muito). As fatídicas viagens de jipe pelo deserto foram também trocadas por uma viagem de comboio de Amesterdão até Den Helder, onde apanho o helicóptero. São muitas coisas a mudar para melhor, efectivamente. Será aqui a minha vida; até eu me fartar, outra vez.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mar, mas mais a norte

Este ano tenho andado desplicente no que toca a tudo que nao seja trabalho e dou por mim agora quase a meio do ano. Embarquei recentemente numa nova aventura profissional. O trabalho continua o mesmo mas mudei de paragens. O remetente agora e da Holanda, mais precisamente do mar do norte e, por hora, estou satisfeito com a mudanca da morada profissional. A Libia estava a entranhar-se demasiado em mim e comecava a sentir os efeitos nefastos que dai advem, culminando numa especie de apoplexia em torno do que me rodeia, quando me surgiu a oportunidade de me despedir do sahara. Guardo as recordacoes mas nao as saudades.
O mar do norte nao e propriamente o ceu na terra, o clima nao e dos melhores e como se nao bastasse as minhas viagens tem sido condicionadas pelas cinzas vulcanicas provenientes da Islandia. Ainda assim, mudar de ares e bom e recomenda-se; entao se for para sitios mais agradaveis, melhor. Valorizo a experiencia de tres anos que tive na Libia com a certeza de que a quero manter no passado. O futuro esta noutro lado. Onde quer que ele esteja.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lisboa (20)

Numa outra noite destas passei pela igreja da Madalena.

Lisboa (19)

E mais outra.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lisboa (18)

O bom de andar a passear por Lisboa de noite é que tenho as ruas mesmo só para mim e já não consigo pôr a máquina ao bolso. O mau é que perco um pouco a noção das horas e chego muito tarde a casa. Desta vez passei na rua do Ouro pelo edifício do banco Totta e Açores.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lisboa (17)

Numa noite destas, depois de terminada a tertúlia do bairro alto e cais do sodré, fui dar ali perto, ao edifício dos Paços do Concelho, propriedade da câmara de Lisboa. E lá fiquei para uma outra fotografia.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Lisboa (16)

A estátua do Santo António remonta aos anos setenta e encontra-se no cruzamento da avenida de roma com a avenida da igreja.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Lisboa (15)

Mudando outra vez de zona. É importante andar por ruas diferentes. Desta vez, fica uma fotografia de uma outra noite. O local é a avenida de roma e o seu cruzamento com a avenida do brasil, onde surge o parque de saúde de Lisboa, outrora conhecido pelo hospital Júlio de Matos. Também ele remonta aos anos quarenta ou cinquenta, como toda a área envolvente, e assume-se nos dias hoje como uma referência histórica na psiquiatria portuguesa, apesar de nos últimos anos ter evoluído além desse campo da medicina.

Lisboa (14)

E ainda, também por ali, Nuno Álvares a trote...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Lisboa (13)

O castelo é um daqueles símbolos da cidade que sempre que avistado me faz parar por um bocado (não que me provoque problemas de locomoção). Claro que se a máquina estiver no bolso, cedo sairá de lá para mais uma fotografia.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lisboa (12)

Além do edificado histórico, a baixa lisboeta possui também um ambiente próprio, muito conseguido à custa da diversidade cultural das pessoas que por lá passam.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lisboa (11)

Temos o teatro e dou meia volta. A 180º também há muita coisa. Aprecio especialmente o edifício amarelo, onde era (ainda é...?) o Grémio Lisbonense.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Lisboa (10)

Lembro-me bem da primeira vez que visitei o teatro Dona Maria II em criança mas não recordo a peça que me levou lá. Depois disso já lá voltei algumas vezes e pena tenho que não o frequente mais. Porque por lá passam boas peças e bons actores. E porque o edifício merece a nossa visita.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Lisboa (9)

O castelo, novamente, noutro dia e de outra perspectiva.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Lisboa (8)

A pé, realizo o caminho longo para casa. A hora, já muito avançada, retirou as pessoas da rua, deixando-a só para mim. Entro na avenida de roma e daí cruzo a praça de alvalade, seguindo pela avenida da igreja. Percorro o bairro edificado nos anos quarenta e cinquenta que reflecte a arquitectura dita do estado novo. Este foi um bairro projectado de raiz, com coabitação de diferentes classes sociais, e que por vivências, conheço bem. Foi construído sobre o que eram até então um conjunto de quintas, de que o meu avô falava de memória e de que já observei em fotografias antigas. Hoje, o bairro apresenta o binómio comum a muitos outros: envereda pela progressiva degradação ou progride para a requalificação.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Lisboa (7)

Digo que guardo a máquina mas não guardo. Vou andando mesmo com ela na mão. É difícil dizer que não a mais uma fotografia, mesmo que repetida.

Lisboa (6)

Tal como subo ao bairro, também desço novamente aos restauradores. Avisto a avenida da liberdade que se prolonga até ao marquês e paro. É tempo de mais uma fotografia. A iluminação artificial destaca contornos e geometrias que não serão tão óbvios à luz do dia. Recolho a máquina de volta ao bolso e continuo a caminhada.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Lisboa (5)

Percorrer o chiado, passar o largo de Camões e entrar nas ruas estreitas do bairro alto fez parte da rotina de tantas noites na época de universidade. É agora quase estranho fazer o percurso que outrora era feito numa corrida. Nos dias de hoje é realizado com demora e com atenção aos detalhes. Nada mudou muito desde então. Aliás nem mesmo eu; apenas as minhas rotinas.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Lisboa (4)

Continuando e descendo. Há ainda muito mais Lisboa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lisboa (3)

A estação vista de fora não transparece aquilo que é lá dentro. A sua nova cara, mais lavada, relembra-me sempre as tantas vezes que percorri o túnel que lá vai dar sem que, no entanto, alguma vez o tenha feito de comboio.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Lisboa (2)

Já foi castelo de muitos sendo por ultimo nosso, desde que o conquistámos aos mouros por tempos do rei fundador da nação. Passaram por cá Fenícios, Celtas, Iberos, Romanos e outros mais, não se sabendo hoje exactamente quem lhe lançou a primeira pedra. No entanto, ele cá continua. Esquecido por muitos e parcialmente escondido por outras construções, ele persiste em elevar-se e a representar a Lisboa de hoje.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Lisboa (1)

Lisboa é uma cidade bonita, repleta de pontos de interesse que, para nós que por cá moramos ou passamos todos os dias, nos vamos esquecendo de olhar. Recentemente, desenvolvi o hábito de transportar comigo a máquina fotográfica e passear por esta Lisboa. Andando pelas grandes avenidas, ruas ou ruelas, descubro os pormenores que, de carro, ficam esquecidos no espelho retrovisor.