segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Istanbul, pela terra e pelo ar

Desta vez estava preparado. Trazia comigo o guia turístico da Turquia e o mapa detalhado de Istanbul. Estava confiante e acima de tudo preparava-me para ser "obrigado" a ficar um dia a visitar a cidade devido à súbita alteração do voo de helicóptero que me iria levar do mar negro a terra. O plano seria aterrar a meio do dia no aeroporto de Sabiha Gokçen (a este do Bosforo, portanto já na parte asiática) e daí faria o trajecto de carro para o "meio" de Istanbul, ficando a pernoitar algures por esses lados, até ao dia seguinte, quando teria que apanhar finalmente o meu voo de volta a Lisboa.
O que aconteceu, na verdade até foi semelhante, sem a parte de ficar a pernoitar, anulando-se também a parte turística. Fui directo para o aeroporto de Ataturk onde tive que aguardar pelo meu voo, conseguido à ultima da hora para o próprio dia, fazendo escala em Madrid. Há bens que também vêm por mal. Numa cidade com quase vinte milhões de habitantes convém não brincar com o trânsito; tive que abdicar da visita a um qualquer palácio, templo ou museu que fosse. Ao invés, fiquei sentado num aeroporto durante quase três horas, sem que me permitissem aliás realizar o check in com antecedência.
Fica-me o pesar de ter passado quatro vezes por Istanbul sem nunca ter visitado a cidade. Haverá males piores; ainda assim consegui reunir algumas fotografias tiradas a bordo do helicóptero ou do interior do carro. De mapa em riste, sempre tive a noção por onde andei ou voei. Por isso é que sei que me faltou ver tanta coisa.
À partida, não disse adeus. Mesmo sabendo que não será em breve, disse até outro dia.







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