quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Sonangol vai procurar petróleo e gás em mais 4.500 quilómetros quadrados do ‘offshore’ angolano

"O Governo de Angola atribuiu à petrolífera pública Sonangol a concessão de prospecção e produção de petróleo e gás natural numa área de 4.594 quilómetros quadrados no 'offshore' angolano, segundo decreto presidencial consultado hoje pela Lusa.
A concessão, referente ao denominado bloco 18/06, de águas profundas, prolonga-se por cinco anos, para o período de prospeção, somando-se mais 25 anos, para produção, a contar da data da declaração da descoberta comercial de gás natural.
O decreto assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, recorda que as áreas não demarcadas do bloco 18/06 - a norte de Luanda, entre as bacias do Kwanza e do Congo - "consideram-se libertas a favor do Estado", findo o período de pesquisa, ao abrigo da Lei das Atividades Petrolíferas em Angola.
A Lusa noticiou na semana passada que a concessionária angolana já tinha ficado com os direitos para procurar e produzir gás natural em dois outros blocos 'offshore', numa área total de pesquisa superior a 540 quilómetros quadrados.
As reservas de petróleo em Angola estão avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).
O país é o segundo produtor da África subsaariana, com cerca de 1,7 milhões de barris de crude diários." (in Economico)

Partex quer fazer primeiro furo no final deste ano

“Reservas no Algarve podem ser superiores às do Golfo de Cádiz: "Estamos a planear a execução de uma possível sondagem que está prevista para o final do ano. Lá para Outubro ou Novembro”, disse ao Económico António Costa e Silva, presidente da Partex, que, em parceria com a Repsol, tem a concessão da exploração na costa algarvia. Mas para isso, “o preço do petróleo tem de ajudar”, alerta. “A situação dos preços está muito depressiva”, acrescenta.
António Costa e Silva garante que “as coisas estão a correr como previsto”, sublinha que “as campanhas sísmicas já foram feitas, a cerca de 40 quilómetros da costa”, “foram mapeadas as estruturas” que “são de dimensão apreciável”, garante o responsável por 10% deste consórcio. “Há uma continuidade geológica clara com o que vemos no Golfo de Cádiz e as estruturas parecem ser de maior dimensão”, acrescenta. A Partex, do universo da Fundação Gulbenkian, começou este projecto há três/quatro anos e já investiu cerca de 15 milhões de dólares. Este valor será inflacionado em 40 milhões caso se avance com o furo, explicou António Costa e Silva.

Também no Algarve está a Portfuel, a empresa de Sousa Cintra, que obteve em Setembro, autorização do Governo de Passos Coelho para iniciar a prospecção de petróleo e gás natural no “onshore” (em terra) algarvio, nas zonas de Aljezur e de Tavira. Mas os trabalhos estão numa fase muito mais atrasada. “Estamos a fazer investimentos, os estudos custam bastante dinheiro”, disse o antigo presidente do Sporting ao Económico sem querer avançar valores. “Não vale pena falar em números”, disse. “Estamos a conhecer os solos e depois é preciso as sondagens. Vai demorar muito, três anos a cinco anos”, acrescentou.

Já no Alentejo é o consórcio entre a Eni e a Galp (com 30%) que ditam cartas. Em Setembro, o responsável do grupo italiano pelo projecto, Franco Couticinni, durante a conferência “Pesquisa de Petróleo em Portugal”, promovida pela Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis, deu como certa a operação este ano no bloco a 80 quilómetros de Sines. Os resultados permitirão determinar a sua viabilidade comercial. O consórcio tem três concessões, denominadas Lavagante, Santola e Gamba, e tem um investimento previsto de 70 milhões.

Mais atrasados estão os trabalhos na bacia de Peniche. António Costa e Silva explicou que a entrada da companha norte-americana Cosme, especializada em geologia das áreas transatlânticas, “deu uma nova visão dos trabalhos”. Também aqui as campanhas sísmicas estão feitas, mas um eventual furo, “caso estejam reunidas as condições”, poderá acontecer “dentro de dois anos”, acrescentou o responsável precisando que a Partex já investiu nesta área dez a 12 milhões de dólares." (in Economico)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Minas da Panasqueira com novo proprietario

"O grupo canadiano Almonty anunciou hoje a aquisição das Minas da Panasqueira, exploração de volfrâmio com sede no concelho da Covilhã, que atualmente pertencia ao grupo japonês Sojitz.
Contactado pela agência Lusa, António Corrêa de Sá, que será administrador executivo na empresa que detém 100% das Minas da Panasqueira, confirmou a compra anunciada no ‘site’ da empresa, mas recusou revelar os valores envolvidos no negócio, tendo adiantado que o novo proprietário poderá aumentar o número de postos de trabalho.
"Não há qualquer intenção de reduzir o número de trabalhadores, bem pelo contrário. Há, isso sim, a intenção de aumentar a produção e, consequentemente, o número de funcionários da área da produção", afirmou.
O mesmo responsável acrescentou que esse crescimento deverá verificar-se nos próximos seis meses.
A multinacional Almonty, que detém várias minas em diferentes países e que já tinha sido proprietária destas minas entre 2005 e 2008, encara o couto mineiro da Panasqueira "como um ativo importante para continuar a afirmar a importância deste grupo na produção de tungsténio fora da China".
Questionado sobre as dificuldades provocadas pelas constantes quedas do preço do volfrâmio e eventuais reflexos que tal possa ter nos planos de crescimento para as Minas da Panasqueira, este responsável mostrou-se confiante na recuperação do setor e de que as dificuldades serão ultrapassadas.
As Minas da Panasqueira viviam atualmente graves problemas, os quais foram confirmados, em março de 2015, pelo então presidente do Conselho de Administração da empresa proprietária das Minas, a Sojitz Beralt Tin and Wolfram Portugal.
Na altura, a empresa referia que estava a ter "perdas incomportáveis" devido às constantes quedas do preço do volfrâmio e informou que iria deixar de renovar os contratos de trabalho temporário para proceder à redução gradual de pessoal.
Além disso, admitia mesmo a hipótese de suspender a produção, caso a situação não se alterasse, cenário que não veio a confirmar-se.
Já a redução de pessoal afetou quase uma centena de pessoas: em março de 2015, as Minas da Panasqueira empregavam 339 funcionários e atualmente só já empregam 244 pessoas.
As Minas da Panasqueira são a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal, que dá emprego essencialmente a pessoas dos concelhos da Covilhã e Fundão no distrito de Castelo Branco, e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra." (in Economico)