terça-feira, 20 de setembro de 2016

Visita as Salinas do Samouco, 17 de Setembro

Era sabado e estava eu a acordar as sete em ponto. Quase que me ia esquecendo que ainda tinha que atravessar o rio para estar nas Salinas do Samouco antes da nove. E assim foi: acordar, tomar um duche e de seguida empurrar para a goela um pequeno almoco que o estomago ainda nao queria aceitar aquela hora. Contudo, com o sono a mistura a viagem fez-se num instante e eram ainda umas oito e meia quando chegamos a porta da recepcao das salinas, onde iriamos aguardar pelo guia e resto do grupo de visitantes.
O trajecto escolhido, circular e de cerca de 5 km, foi o chamado trilho do flamingo. Fez-se a hora e deu-se corda aos sapatos para o arranque de uma manha particularmente solarenga deste quente Setembro. Ao longo do caminho fez-se bastantes paragens para observacoes e/ou explicacoes do guia. Assim, o percurso, apesar de curto, transformou-se em tres horas e meia de contextualizacao historico-social das salinas e da actual perspectiva conservacionista do local de que as variadas especies de aves e passariformes aproveitam.
Pelo meio disso tudo, percorreu-se antigas salinas com os variados tanques e sistemas de comportas; observou-se flamingos, garcas, pernilongos, outras aves e passaros; conviveu-se com os burros mirandeses que se encontram a solta nos terrenos; aprendeu-se acerca do processo de anilhar aves e visitou-se o complexo da unica salina ainda em laboracao, com as suas praticas tradicionais ainda activas (vide fotos, que expressam melhor que as palavras).
Finda a visita, terminamos onde comecamos - na recepcao do parque, junto as antigas instalacoes de salga do bacalhau.
O dia de passeios contudo, apenas terminou com a visita a Alcochete onde o almoco nos fez retemperar as forcas. E assim foi mais um dia de provas.



segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Visita a Carrasqueira-Comporta-Troia, 4 de Setembro

Ora foi noutro domingo quente que se deu a visita as margens do Sado, nomeadamente 'a margem esquerda, na zona que une Alcacer a Troia. Desta feita, o percurso foi sempre por estrada, pelo caminho mais longo - evitando os tempos de espera (e preco!) do barco que liga Setúbal a Troia.
Saimos de manha, ja nao muito cedo, em direccao 'a ponte Vasco de Gama e ja a meio da ponte se sentia o preludio do calor que ia estar naquele dia. As baterias estavam apontadas para fazer o caminho devagar, com a tranquilidade de um domingo em que nao somos esperados em parte alguma.
E assim foi. Sempre pela estrada nacional - nao ha auto-estrada que traga alguma paz na conducao - atravessamos as planuras a Sul de Pegoes ao longo de grandes extensoes de vinha, passando depois ao largo de Alcacer do Sal, onde finalmente contornamos o rio, com objectivo tracado de primeira paragem na Carrasqueira. La chegamos ja perto do meio-dia, com o calor a apertar muito. Corremos ao cais palafitico, uma reminiscencia de tempos antigos que se mantem viva e parece suportar o avanco das tecnologias da industria marinha e das praticas pesqueiras actuais. Sublime, este toque do passado metido no nosso presente, que so nao nos impele a uma exploracao muito mais demorada devido a esse tal de sol de meio-dia, que entretanto se torna insuportavel.
Procurou-se entao sombra e, ja que ali estavamos, identificou-se sitio para potencial bom repasto. Ambos foram entao encontrados no restaurante "O Goncalves" bem no centro da Carrasqueira, que nos proporcionou talvez o melhor arroz de lingueirao da minha curta historia de "arrozes" de ligueirao.



De seguida, visitou-se a Carrasqueira a pe, de forma tambem a ajudar a digestao da iguaria recentemente descoberta. O sitio nao e' grande, pelo que a caminhada foi pequena. Destaca-se apenas as curiosas pequenas "palhotas" tipicas ali instaladas, algumas muito bem mantidas.
 
Ja de carro, passou-se no Possanco, visitou-se a Comporta - ruas, ruelas e adega (que estava aberta ao publico mas so para vendas -  e nao para visitas). Por ai fora, a digestao la se foi fazendo com a mesma tranquilidade que o avancar do caminho, ate que finalmente entramos em Troia.
 
O resto, ja nao e' muito digno de registo. Troia contrasta muito com o que haviamos visitado durante o dia - do tipico ao moderno, e do rural ao preco do desenvolvimento, haveria no entanto muito para dizer. Apos um mergulho rapido naquelas aguas, para retemperar as forcas e refrescar as ideias, la fomos buscar o carro para se fazer o percurso inverso para Lisboa.
A vida quer-se e' feita de dias bons e este foi optimo.