segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Visita a Carrasqueira-Comporta-Troia, 4 de Setembro

Ora foi noutro domingo quente que se deu a visita as margens do Sado, nomeadamente 'a margem esquerda, na zona que une Alcacer a Troia. Desta feita, o percurso foi sempre por estrada, pelo caminho mais longo - evitando os tempos de espera (e preco!) do barco que liga Setúbal a Troia.
Saimos de manha, ja nao muito cedo, em direccao 'a ponte Vasco de Gama e ja a meio da ponte se sentia o preludio do calor que ia estar naquele dia. As baterias estavam apontadas para fazer o caminho devagar, com a tranquilidade de um domingo em que nao somos esperados em parte alguma.
E assim foi. Sempre pela estrada nacional - nao ha auto-estrada que traga alguma paz na conducao - atravessamos as planuras a Sul de Pegoes ao longo de grandes extensoes de vinha, passando depois ao largo de Alcacer do Sal, onde finalmente contornamos o rio, com objectivo tracado de primeira paragem na Carrasqueira. La chegamos ja perto do meio-dia, com o calor a apertar muito. Corremos ao cais palafitico, uma reminiscencia de tempos antigos que se mantem viva e parece suportar o avanco das tecnologias da industria marinha e das praticas pesqueiras actuais. Sublime, este toque do passado metido no nosso presente, que so nao nos impele a uma exploracao muito mais demorada devido a esse tal de sol de meio-dia, que entretanto se torna insuportavel.
Procurou-se entao sombra e, ja que ali estavamos, identificou-se sitio para potencial bom repasto. Ambos foram entao encontrados no restaurante "O Goncalves" bem no centro da Carrasqueira, que nos proporcionou talvez o melhor arroz de lingueirao da minha curta historia de "arrozes" de ligueirao.



De seguida, visitou-se a Carrasqueira a pe, de forma tambem a ajudar a digestao da iguaria recentemente descoberta. O sitio nao e' grande, pelo que a caminhada foi pequena. Destaca-se apenas as curiosas pequenas "palhotas" tipicas ali instaladas, algumas muito bem mantidas.
 
Ja de carro, passou-se no Possanco, visitou-se a Comporta - ruas, ruelas e adega (que estava aberta ao publico mas so para vendas -  e nao para visitas). Por ai fora, a digestao la se foi fazendo com a mesma tranquilidade que o avancar do caminho, ate que finalmente entramos em Troia.
 
O resto, ja nao e' muito digno de registo. Troia contrasta muito com o que haviamos visitado durante o dia - do tipico ao moderno, e do rural ao preco do desenvolvimento, haveria no entanto muito para dizer. Apos um mergulho rapido naquelas aguas, para retemperar as forcas e refrescar as ideias, la fomos buscar o carro para se fazer o percurso inverso para Lisboa.
A vida quer-se e' feita de dias bons e este foi optimo.

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