quinta-feira, 26 de março de 2009

O petróleo e o optimismo

Li a pouco a noticia que abaixo transcrevo e que aponta para uma evolucao favoravel da crise com a retoma de algum optimismo e confianca na bolsa, o que me leva a pensar que talvez ja tenham falido empresas suficientes para que as gigantes multi-nacionais devolvam ao cidadao comum a esperanca de um futuro risonho, ja que o destas estara sempre assegurado.
Nao sou economista e pouco percebo do contexto global economico mas com estas mudancas todas considero sempre interessante o que as pessoas que percebem do assunto tem para dizer. Saibam elas do que realmente estao a falar ou nao, comentar que existe retoma na confianca sera por si so um sinal de confianca? Enfim, seja o que for. Fica a noticia.

"A cotação do petróleo abriu esta manhã a valorizar nos mercados internacionais. Em Nova Iorque, o barril do crude subia 79 cêntimos e superava os 53 dólares (39,1 euros), recuperando de uma queda superior a um dólar na sessão anterior. Em Londres, o preço do "Brent" aproximou-se desse patamar.O petróleo está a beneficiar das expectativas de recuperação mais rápida do que se pensava da economia norte-americana . De acordo com os dados ontem revelados, as encomendas de bens duradouros nos Estados Unidos aumentaram 3,4 por cento em Fevereiro e a venda de casas novas recuperaram mais do que o esperado no mês anterior. "Os stocks de petróleo estão ainda muito elevados e se vir os fluxos do investimento, os volumes foram muito claros", disse Olivier Jakob da Petromatrix, citado pela Reuters. Um estudo da agência de informação mostra que os analistas estão de acordo quanto ao preço que o petróleo rondará este ano. Apontam, em média, para os 50 dólares (37 euros) o barril. “Estamos a assistir a algum optimismo e ao regresso da vontade de arriscar, coisas que não víamos há algum tempo”, disse Mike Wittner, analista da Société Générale. O recrudescimento, das últimas semanas, do preço do petróleo tem vindo a se repercutir na factura dos combustíveis em Portugal, apesar de se saber que o anterior movimento de queda acentuada dos preços do crude, que terminou no final do ano passado, não ter tido um impacto total nos consumidores." in Publico

segunda-feira, 23 de março de 2009

E ate me pagam, por isso...

O curto Fevereiro foi ultrapassado por um Marco que ja quer ser Abril e eu nem dei conta que ja entrou a Primavera. Onde me encontro nao ha flores novas da estacao nem grande mudanca no clima que eu me aperceba. A plataforma continua pregada ao fundo do mar junto aos peixinhos e neste preciso momento terminou-se uma cimentacao de uma fase aos cinco mil pes de profundidade. Na proxima etapa ira proceder-se ao fabrico de fluidos de furacao (vulgo lama) a base de oleo, que nao e menos que uma mistura muitissimo desagradavel de diesel, oleos sinteticos e outros materiais normalmente utilizados que, suja, impesta e odoriza de uma forma particularmente nefasta as proximidades. A rotina comeca a ser desgastante e o tempo aqui ja passado, apesar de util, torna-se pesado. O esforco diario adensa-se a medida que e necessario mover-me e ate, por vezes, carregar em botoes no computador que me fazem o trabalho quase todo. Nao estou cansado, apenas aborrecido.
A menos que haja vontade de nadar ate a costa a 100 km, torna-se urgente retemperar as forcas e produzir uma nova preseveranca para continuar, dia apos dia.
Mas. Ele ha sempre um mas. Ja nao falta muito para voltar a casa. A paisagem e nova e as pessoas tambem. Este novo local de trabalho foi o mais tranquilo por que ja passei ate hoje. Aqui nao grito pelo excesso de trabalho, antes pelo contrario, estou a ser embalado para um estado de desplicencia e relativa calma que me tornam numa especie de diletante do workover. Sim, tenho visto imensos filmes, jogado snooker e xadrez a farta. E depois? Nao e que eu esteja aqui propriamente de ferias mas ha coisas piores na vida.

domingo, 15 de março de 2009

Tragam o arpao...

Amanha faz um mes que sai de casa e vim aqui parar, a esta especie de ilha de metal plantada no mediterraneo, na costa da Libia. A paisagem quase me parece a mesma que no passado, mudando apenas a coloracao das ondas que ja foram de amarelo areia para um azul de mar. Ao fundo, continua a avistar-se a imensidao ou o vazio, dependendo da minha disposicao. Contudo aqui a monotonia quebra-se mais regularmente seja por um barco ao largo ou pelo helicoptero diario. Por falar nisso, viajar de helicoptero recomenda-se.
Ocorre-me que ha muito tempo que nao escrevia aqui e tambem que nao vou deixar nenhuma fotografia. Ha mais a dizer claro, mas como para ja nao ha muito tempo disponivel, adianto apenas que tenho visto golfinhos.