O curto Fevereiro foi ultrapassado por um Marco que ja quer ser Abril e eu nem dei conta que ja entrou a Primavera. Onde me encontro nao ha flores novas da estacao nem grande mudanca no clima que eu me aperceba. A plataforma continua pregada ao fundo do mar junto aos peixinhos e neste preciso momento terminou-se uma cimentacao de uma fase aos cinco mil pes de profundidade. Na proxima etapa ira proceder-se ao fabrico de fluidos de furacao (vulgo lama) a base de oleo, que nao e menos que uma mistura muitissimo desagradavel de diesel, oleos sinteticos e outros materiais normalmente utilizados que, suja, impesta e odoriza de uma forma particularmente nefasta as proximidades. A rotina comeca a ser desgastante e o tempo aqui ja passado, apesar de util, torna-se pesado. O esforco diario adensa-se a medida que e necessario mover-me e ate, por vezes, carregar em botoes no computador que me fazem o trabalho quase todo. Nao estou cansado, apenas aborrecido.
A menos que haja vontade de nadar ate a costa a 100 km, torna-se urgente retemperar as forcas e produzir uma nova preseveranca para continuar, dia apos dia.
Mas. Ele ha sempre um mas. Ja nao falta muito para voltar a casa. A paisagem e nova e as pessoas tambem. Este novo local de trabalho foi o mais tranquilo por que ja passei ate hoje. Aqui nao grito pelo excesso de trabalho, antes pelo contrario, estou a ser embalado para um estado de desplicencia e relativa calma que me tornam numa especie de diletante do workover. Sim, tenho visto imensos filmes, jogado snooker e xadrez a farta. E depois? Nao e que eu esteja aqui propriamente de ferias mas ha coisas piores na vida.
2 comentários:
Escreves bem à brava mas... está no ir.
Cá te espero com aquela, ou mais, vontade de sempre!
3...2...1...
(não metes fotos?! queres deixar a malta em braza é?)
Escrevo bem? Entao nao precisas sequer de me corrigir quando digo que amanha regresso a Lisboa. :)
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