A pé, realizo o caminho longo para casa. A hora, já muito avançada, retirou as pessoas da rua, deixando-a só para mim. Entro na avenida de roma e daí cruzo a praça de alvalade, seguindo pela avenida da igreja. Percorro o bairro edificado nos anos quarenta e cinquenta que reflecte a arquitectura dita do estado novo. Este foi um bairro projectado de raiz, com coabitação de diferentes classes sociais, e que por vivências, conheço bem. Foi construído sobre o que eram até então um conjunto de quintas, de que o meu avô falava de memória e de que já observei em fotografias antigas. Hoje, o bairro apresenta o binómio comum a muitos outros: envereda pela progressiva degradação ou progride para a requalificação.
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