segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Continuando por Bagamoyo – Tanzania

A visita pelos caminhos da historia e cultura abriu o apetite e por isso nada melhor do que continuar a percorrer os locais de interesse mas por onde tambem se possa encontrar restaurante. Esta busca levou-me a praia, onde se situam alguns hoteis com resturantes e escolho o Livingstone Club (em honra do famoso explorador missonario que tambem por aqui passou). O hotel apresenta uma disposicao deliciosa. De frente para a praia, um extenso terraco prelonga-se numa piscina e continua por salao de jantar interior e exterior. O edificio assemelha-se a uma casa tipica da regiao mas em ponto grande, com dois andares e um longo telhado de colmo. Infelizmente a cozinha e’ tipicamente continental e e’ francamente pobre em peixes, mariscos e afins.




Apesar de desapontado com a ementa reconheco que o local e’ excelente: de onde me sento vislumbro o extenso areal, o mar e as artes da pesca. Mudo de ideias: ponho a fome de parte e vou antes para uma caminhada pelo areal, onde sou imediatamente abordado por vendedores de arte local. Dada a sua insistencia, sou praticamente obrigado a comprar umas recordacoes. Quando me largam faco finalmente caminho pelo areal fora. A mare sobe rapidamente e os pescadores comecam a voltar a terra. Nao ando mais que um quilometro para sul de onde ja vislumbro o centro e o pequeno porto da cidade mas o sol comeca a queimar. Volto para tras e obedeco por fim ao estomago.

Apos o almoco realizo uma pequena visita ao hotel. O grande edificio serve apenas de restaurante e bar, desenvolvendo-se pela periferia o dormitorio que consiste numa serie de bungalows de pequena dimensao. Faz-se hora de partir. Pelo caminho faco apenas um pequeno e breve desvio pelas salinas e de seguida visito o mercado do peixe.
Aqui recebe-se o peixe directamente dos barcos e trata-se de os vender e cozinhar. Por entre exemplares deconhecidos reconheco camaroes de varias dimensoes, chocos, lulas, polvos, barracudas e percas. Mais a frente, na seccao de cozinhados fritam-se cardumes de pequenos peixes em grandes “alguidares” metalicos, semelhantes a um wok. Pedem-me dinheiro pelas fotografias que tiro “mister each photo one dolar” e eu sinto-me mais inclinado a comprar-lhe uns peixes do que a dar-lhe dinheiro so porque tirei umas fotografias. As pessoas aqui sao muito pobres mas o meu caminho ainda e’ demasiado demorado para carregar peixe fresco – o mais certo era chegar cozinhado a casa.


Volto para o carro e sigo em direccao a cidade velha. Passo por alguns edificios coloniais que ainda resistem ao tempo e continuo para norte, onde existe uma especie de quinta onde se criam crocodilos. E' mesmo para la que eu vou.

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