A visita pelos caminhos da historia e cultura
abriu o apetite e por isso nada melhor do que continuar a percorrer os locais
de interesse mas por onde tambem se possa encontrar restaurante. Esta busca
levou-me a praia, onde se situam alguns hoteis com resturantes e escolho o Livingstone Club (em honra do famoso explorador
missonario que tambem por aqui passou). O hotel apresenta uma disposicao
deliciosa. De frente para a praia, um extenso terraco prelonga-se numa piscina
e continua por salao de jantar interior e exterior. O edificio assemelha-se a
uma casa tipica da regiao mas em ponto grande, com dois andares e um longo
telhado de colmo. Infelizmente a cozinha e’ tipicamente continental e e’
francamente pobre em peixes, mariscos e afins.
Apesar de desapontado com a ementa reconheco
que o local e’ excelente: de onde me sento vislumbro o extenso areal, o mar e
as artes da pesca. Mudo de ideias: ponho a fome de parte e vou antes para uma
caminhada pelo areal, onde sou imediatamente abordado por vendedores de arte
local. Dada a sua insistencia, sou praticamente obrigado a comprar umas
recordacoes. Quando me largam faco finalmente caminho pelo areal fora. A mare
sobe rapidamente e os pescadores comecam a voltar a terra. Nao ando mais que um
quilometro para sul de onde ja vislumbro o centro e o pequeno porto da cidade
mas o sol comeca a queimar. Volto para tras e obedeco por fim ao estomago.
Apos o almoco realizo uma pequena visita
ao hotel. O grande edificio serve apenas de restaurante e bar, desenvolvendo-se
pela periferia o dormitorio que consiste numa serie de bungalows de pequena
dimensao. Faz-se hora de partir. Pelo caminho faco apenas um pequeno e breve desvio pelas
salinas e de seguida visito o mercado do peixe.
Aqui recebe-se o peixe directamente
dos barcos e trata-se de os vender e cozinhar. Por entre exemplares
deconhecidos reconheco camaroes de varias dimensoes, chocos, lulas, polvos,
barracudas e percas. Mais a frente, na seccao de cozinhados fritam-se cardumes de
pequenos peixes em grandes “alguidares” metalicos, semelhantes a um wok.
Pedem-me dinheiro pelas fotografias que tiro “mister each photo one dolar” e eu
sinto-me mais inclinado a comprar-lhe uns peixes do que a dar-lhe dinheiro so
porque tirei umas fotografias. As pessoas aqui sao muito pobres mas o meu
caminho ainda e’ demasiado demorado para carregar peixe fresco – o mais certo
era chegar cozinhado a casa.
Volto para o carro e sigo em direccao a cidade
velha. Passo por alguns edificios coloniais que ainda resistem ao tempo e
continuo para norte, onde existe uma especie de quinta onde se criam
crocodilos. E' mesmo para la que eu vou.
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