quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Publicidade: eu vou
sábado, 8 de dezembro de 2007
Os caramelos de Espanha
Saímos os três de Lisboa para conhecer Salamanca mas acabou por ser um turismo um pouco nocturno. Não que tenha sido mau. As viagens é que foram todas realizadas de dia, deixando apenas as noites livres para tudo o demais.
A nossa rota atravessou-nos pelo Fundão, que acabou por nos reservar um excelente repasto para o almoço, quando a fome já ameaçava o desespero. A paragem seguinte foi obrigatória. Não que tenhamos chegado ao nosso destino. Apenas tínhamos passado a fronteira a seguir a Vilar Formoso quando fomos estacionados na berma pela Guardia Civil. Fomos revistados (nós e o carro) e informados por estes senhores que realmente não tinham perdido nada; andavam mesmo á procura de droga. Enfim, ao menos foram muito simpáticos. Acho que já lhes havia bastado terem desconfiado de nós (como puderam eles???). A chegada a Salamanca vem com o início da noite. O primeiro contacto com esta cidade universitária é muito bom e torna-se ainda melhor quando estacionamos na periferia do centro. Há imenso movimento pedonal por ruas fechadas ao trânsito, onde crescem edifícios que viveram muito da história da cidade. O comércio prolifera por estas ruas estreitas que desaguam em pequenas praças ou largos, muitas vezes com grandes santuários católicos ao virar de cada esquina. No entanto, apenas a praça de Espanha apresenta dimensão de grande cidade. As decorações de natal espalhadas por todas as ruas parecem antecipar a festa. Por isso, depois de encontrarmos um local para dormir fazemos a noite durar, com um jantar à base de canhas, pinchos e tapas, repartidos por vários locais. E assim conhecemos Salamanca à noite.
O dia seguinte trouxe-nos a viagem rumo a Badajoz, que pareceu maior do que era na realidade. Como era feriado em Espanha havia muita coisa fechada e, provavelmente por isso, Badajoz não teve muito interesse ou história. Depois de nos abastecermos de presunto e gasolina (os caramelos estão fora de moda) seguimos viagem rumo a Évora. Fomos ao encontro de um amigo que nos disponibilizou um sítio para dormir por isso nós tratámos de oferecer logo animação para aquela noite, que terminou muito tarde… Évora é também uma cidade universitária com uma longa história. È sempre bom lá voltar. A viagem de volta a Lisboa no dia seguinte foi custosa e pesada, especialmente para os olhos…
Dia 5:
Lisboa – Fundão – Salamanca
As igrejas de Salamanca.
Colégio Real D La Compañia De Jesús.
Apesar de parecer que estas duas raparigas (chinesas) estão a rezar, na verdade estão à procura de pilhas para a máquina fotográfica na mochila.
Por Salamanca...
Dia 6:
Salamanca – Badajoz – Évora
O templo de Diana.
Em Évora.
Dia 7:
Évora – Lisboa
domingo, 25 de novembro de 2007
Primeiro raio de sol, com cheiro a petróleo
[Embora já tenha assistido a esta operação no passado, ocorrem-me sempre nestes momentos algumas interrogações retóricas acerca do como este fluido sujo e gorduroso possa ser a vitalidade da civilização e se encontrar logo aqui, debaixo deste triste e solitário deserto, quase esquecido. Vivemos com esta energia fóssil numa simbiose na qual somos nós os parasitas e, no entanto, é amplamente sabido que na natureza, poucos são os parasitas que sobrevivem à morte do hospedeiro. As consequências do anunciado esgotamento desta energia já se estão a sentir mas continua a ser preferido o debate de ideias à implementação de acções. Ocorre-me também que o senhor Bush afinal não deve ser assim tão parvo como o pintam, apesar dos muitos comentários sem nexo (e estúpidos vá) que produz. Ao fim ao cabo, anda mais de meio mundo a aumentar a extracção do petróleo, já que o barril nunca foi vendido a tão alto preço, enquanto que os amigos dos USA fazem uns quantos furos que asseguram o seu consumo interno. O resto da sua reserva está por explorar. E o futuro é já amanhã. Talvez ainda seja possivel amplificar a produção das ditas energias alternativas. Ou esperar mais tempo para ver o que realmente acontece. Ou produzir um motor movido a água salgada (...ou a bananas). Ou... sei lá. Mas sei que o petróleo vai acabar um dia e que o relógio não pára.]
Apesar de possuir ideias algo concretas, mas raramente estáticas, acerca do petróleo enquanto alimento de uma civilização dependente e esfomeada por energia, não consigo deixar de me apoderar deste brilho que escorre do calcário no interior do tubo. O brilho forte e o odor inebriante afinal de contas são o poder e o sucesso. Apesar de se ter atingido um pequeno reservatório, olho à minha volta e há um deserto quieto a acordar, que se estende até onde a minha vista alcança, em todas as direcções, e muito mais além. Devo ter sorrido de ironia. O que está debaixo dele é que conta. Tudo o resto não deve interessar para nada. Tudo está bem e até me lembro de uma música do SG, de dias felizes e vou-me embora com um brilhosinho nos olhos. Passa das 9h e a noite foi longa e trabalhosa. Vou dormir. Já devo é de estar cansado.
O core à superficie, no momento em que foi aberto.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
WOC
Enfim é muito bom ter umas pausas pelo meio do trabalho, desde que não sejam exageradamente demoradas. A instalação de um clima de apatia e ócio não é indicada à vida no deserto, por si só, já tão despido de actividade.
Vou ali fazer qualquer coisa.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Viagens da minha vida
Agora faço o turno da noite e até nem desgosto. Parece-me bastante mais tranquilo que o dia e penso que só me posso queixar do frio que se faz sentir. A temperatura chega a ser menor que 10°C e até a alma se sente fria. Ou os ossos, já não sei. Contudo, o processo das continuas noitadas em Lisboa finalmente tem resultados práticos visto que a adaptacão ao horário nocturno não foi dificil. Só custa mesmo dormir durante o dia quando sou confrontado com situações de falatório perto do meu quarto. Entretanto, a minha mala já me foi enviada, o que me trouxe algum conforto, apesar de ter acessos de pensamentos menos bons para com o senhor sorridente da Alitália em Portugal, sempre que olho para ela. Sou responsável pelos meus actos e pelas minhas palavras, por isso, tentarei, com muito afinco, não ser obrigado a responder por ambos, da próxima vez que o encontrar.
O nascer do sol já não significa o começo do meu dia de trabalho. Saúda antes o dever cumprido e o descanso. E, embora não tão quente como no passado, que sol este, o do deserto…
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Havia este de me fazer rir...
Hoje trouxe-me este senhor incorrigível, a quem faço questão de dar voz aqui no meu espaço. Porque me apeteceu. Para ser diferente de tudo o que já tenho aqui publicado. E porque o rapaz até é engraçado (mais do que eu ainda). E porque todos precisamos de nos rir de vez em quando...
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Dia dos mortos (...e dos meio-mortos/vivos)
Por muito interessante que tenha sido Outubro, ao que parece, não o foi o suficiente para que a minha atenção se tenha dirigido para este espaço. Ou então não teve mesmo interesse.
Começa então o Novembro do meu contentamento. Vem aí o trabalho. Dia 5 voo para a Líbia uma vez mais. Desta vez reservaram-me mais uma surpresa: vou a Milão, depois a Roma, onde finalmente sou remetido ao meu destino (quase) final: Tripoli (onde espero chegar com as bagagens todas). O plano que me fez ficar em casa um mês a mais que o normal deve ter corrido mal uma vez que já não vou para offshore. A plataforma ainda estava a ser rebocada para o largo da Líbia no princípio de Outubro e, ao que consta, ainda não está a laborar. Ao menos estive dois meses
Espero voltar a tempo do natal e da passagem de ano, a menos que tenha que ficar lá mais tempo que o habitual, o que seria naturalmente chato e, por que não, aborrecido. O natal dos hospitais só deve passar mesmo na televisão portuguesa. O que é de mim se não estou cá…
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Pavia, 16-20 de Setembro
Pavia deu-me estadia para um curso anti-incêndio e sobrevivência em desastres offshore. O dito consistiu em formação teórico-prática a vazar extintores, usar aparelhos de respiração, primeiros socorros, embarque em salva-vidas e, a cereja em cima do bolo, simulação de acidente de helicóptero numa piscina. Foi interessante. Em especial a parte em que me afundaram dentro de um helicóptero em que fui convidado a entrar, sentar, pôr o cinto, colete salva-vidas e dispositivo de respiração. A ideia acho que era sair de lá vivo. Na ultima actividade de entretenimento viraram mesmo o helicoptero ao contrário dentro da piscina, em que fiquei de pernas para o ar preso pelo cinto e lá tive que sair mais uma vez pela janela do aparelho. Interessante, repito.
Minerva.
Il Duomo. Infelizmente em obras de recuperação, assim como a igreja de S. Maria del Carmine (serão talvez os mais imponentes monumentos da cidade).Passando o Duomo, entra-se na Piazza della Vittoria e Brolleto, rodeada de prédios do século XIV e enriquecida com uma série de esplanadas que lhe conferem bastante movimento pedonal.
Salone Mercato. Um edificio comercial recuperado e que possui uma cobertura que permite a passagem da luz. Situa-se igualmente muito perto do Duomo.
sábado, 15 de setembro de 2007
Gerês, 8-12 de Setembro
Lisboa – Sirvozelo – Montalegre – Sirvozelo
Dia 9:
Sirvozelo (1) – Tourém (2) – Pitões das Junias (3) – Sirvozelo (1)
Aqui estamos no outro Lado de Tourém (isto é, Espanha...).
Ortofotomapa do nosso "passeio" por Pitões da Junias. A tracejado está o nosso atalho.
Dia 10:
Sirvozelo (1) – Tourém (2) – Espanha (via Mugueines) – Parada (3) – Peneda (4) – Castro Laboreiro (5) – Espanha (via Lobios - Mugueines) – Tourém (2) – Sirvozelo (1)
Cruzamos muitas linhas de água no nosso caminho.
(...)
Perdidos? Infelizmente, o mato estava demasiado cerrado e tivemos que encontrar um caminho alternativo mais curto. Mas fomos recompensados ao almoçar numa cascata natural: o Poço da Gola.
Nas ruinas do castelo da Castro Laboreiro.
Depois da subida ao castelo, ficamos com uma bela vista.
Há sempre um ponto mais alto...
Sirvozelo (1) – Vila do Gerês (2) – Portela do Homem (3) – Albufeira da Caniçada (4) – Terras de Bouro (5) – Sirvozelo (1)
Na cascata do rio Homem.
Tentativa de canoagem na Albufeira da Caniçada.
Sirvozelo (1) – Covide (2) – Lisboa
O percurso que resolvemos aumentar: subimos ao Cabeço da Calcedónia (ou seja uma caminhada de 5 horas).
Pelo trilho da Calcedónia, em Covide.
No Cabeço da Calcedónia (a 3.5km de Covide).