quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ENI: Nova descoberta de petróleo em Angola estimada em 300 milhões de barris

"Ochigufu 1 NFW well, which has led to the discovery, will be brought into production in record time. The well is located at approximately 150 kilometers off the coast and 9.8 kilometers from the Ngoma FPSO (West Hub) and the closeness to Ngoma FPSO allows the increase of the resource base of the West Hub project, currently underway.
 
San Donato Milanese (Milan), 17 September 2014 – Eni made a new oil discovery in Block 15/06, in the Ochigufu exploration prospect, in deep water offshore Angola. Oghigufu is the 10th commercial oil discovery made in Block 15/06. The new discovery  is estimated to contain 300 million barrels of oil in place.
 
Ochigufu 1 NFW well, which has led to the discovery, will be brought into production in record time. The well is located at approximately 150 kilometers off the coast and 9.8 kilometers from the Ngoma FPSO (West Hub) and the closeness to Ngoma FPSO allows the increase  of the  resource  base of the West Hub project, currently underway. The well was drilled by the Ocean Rig Poseidon Drilling  Unit in a water depth of 1,337 meters and reached a total depth of 4,470 meters.
Ochigufu 1 NFW was directionally drilled in order to reach  the  targets in optimal position and proved a net oil pay of 47 meters, (34° API) contained in the Lower Miocene and Oligocene sandstones with very good petrophysical properties. The data acquired in Ochigufu 1 well indicate a production capacity equal to more than 5,000 barrels of oil per day.
 
Claudio Descalzi, Eni’s CEO said: "This important discovery, which will be brought into production in record time, adds even more value to Block 15/06. Like the recent discoveries in Congo and Gabon, this new find exemplifies the results we can achieve by applying leading edge technologies to exploration, and substantiates the decision to refocus Eni on key oil and gas competences".
 
Studies are underway in order to evaluate an early tie-in to the Ngoma FPSO, already in location in the West Hub and designed  to handle 100,000 barrels of oil production per day.
Eni is operator of  the Block 15/06 with a 35% stake. The other partners of the Joint Venture committed to the block are Sonangol P&P (30% stake), SSI Fifteen Limited (25% stake), Falcon Oil Holding Angola SA (5% stake) and Statoil Angola Block 15/06 (5% stake).
Angola is a key Country in the strategy of organic growth of Eni, which has been present in the Country since 1980 with a daily production in 2013 of about 90,000 barrels of oil equivalent per day. In Block 15/06 the two oil development projects West hub and East Hub have already been sanctioned. The production start up of the West Hub project, through FPSO Ngoma, is expected by the end of 2014. In Angola, Eni is also operator of Block 35, located in the deepwater Kwanza Basin." (in ENI)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Repsol: prospeccao no Algarve em 2015?

O presidente da multinacional espanhola Repsol, Antonio Brufau, afirmou hoje que a companhia vai iniciar a perfuração e prospecção de gás natural no Algarve no próximo ano.
 
A Repsol "vai iniciar no próximo ano a perfuração no Algarve. Há bons reservatórios de gás no Algarve, que estão próximos de uns que a companhia já está a explorar e queremos que Portugal, se vier a ser descoberto gás, passe a dispor de reservas no Algarve", disse após uma audição em Belém com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
"Queremos avançar com a exploração no Algarve e temos parceiros adequados. Estamos com a Partex, mas queremos mais um parceiro local. No caso de existir gás no Algarve teríamos de construir as infraestruturas e ter um gasoduto para Sines", salientou ainda Antonio Brufau.
Sobre a operação e os planos da Repsol em Portugal, Brufal referiu que estão "muito satisfeitos".
"Estamos muito satisfeitos com a forma como as operações estão a decorrer. Aliás, [também] em Espanha, um país que está numa fase de claro crescimento, estamos a ver isso em termos do negócio, a crise tornou-nos cada vez mais eficientes".
Segundo o gestor, "a crise ajudou" a empresa a estar melhor, facto que foi transmitido ao Presidente da República, a quem foram ainda dados a conhecer os projetos de 'marketing' e como a Repsol está na área do negócio do GPL (gás de petróleo liquefeito).
"No complexo petroquímico de Sines estamos a ganhar eficiência, a trabalhar com matérias-primas mais eficientes. Trabalhávamos com a nafta, estamos agora a utilizar o propano e temos projectos para usar o etano, que nos permitirá recuperar competitividade", sublinhou.
Antonio Brufau referiu ainda que esta melhoria na competitividade vai permitir "ganhar tempo" para que a indústria química em Puertollano, Tarragona e Sines se converta numa indústria de alto valor acrescentado e mais competitiva, tendo em conta o novo paradigma energético mundial.
Sobre a crise vivida em Espanha e em Portugal, Brufal afirmou que vê a situação em Portugal, como na Espanha, com um "optimismo realista" mostrando-se esperançado no futuro.
Além disso, realçou que a Península Ibérica tem "as melhores infraestruturas de gás e eletricidade da Europa, com sete unidades fabris [produtoras de gás] de um total de 11, que são sete portas para o mundo".
O presidente da Repsol referiu também à imprensa que "a Europa não deve depender, quase que em exclusivo do fornecimento de gás da Rússia", devendo acautelar a segurança energética e a diversidade das fontes de abastecimento.
"É evidente que na interligação do gás da Península Ibérica com a Europa quem mais beneficia é a Europa, não é Espanha nem Portugal, porque já têm tudo, com os gasodutos que os unem à Argélia",lembrou.
Neste contexto, "é importante que a Europa tenha uma política energética comum. Portugal, Espanha e a Polónia estão muito próximos no objectivo de estabelecerem uma estratégia de maior integração" em que é a Europa é que "tem a ganhar", afirmou.
 
"Não ter em conta a Península Ibérica, quando há uma crise na Ucrânia e um único fornecedor, por mais seguro que seja, parece-me uma certa irresponsabilidade. A direção adequada passa por uma política energética comum na União Europeia", além do abastecimento através da Península Ibérica, concluiu. (in Economico)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Ciclo de Palestras do LNEG: A lavra de pedreiras em Lisboa e a sua contribuição para o conhecimento geológico

"No próximo dia 7 de junho, pelas 14h30, numa palestra a realizar no Museu Geológico, Jorge Sequeira apresentará o tema A lavra de pedreiras em Lisboa e a sua contribuição para o conhecimento geológico
Jorge Manuel Duarte de Sequeira é Engenheiro Geólogo (FCT-UNL) e Técnico Superior do Museu Geológico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.
As suas principais actividades são a gestão das Colecções do Museu Geológico e o desenvolvimento e gestão de sistemas de informação.
Interesses: recursos minerais, rochas e minerais indústrias, estratigrafia e Paleontologia, arqueologia industrial, história e evolução da cidade de Lisboa.
 
Sobre a palestra:
Na sequência da actividade profissional desenvolvida no Museu Geológico e em particular no âmbito dos trabalhos de inventariação das colecções de rochas e fosseis Mesozóico e Cenozóico da Região de Lisboa em que foi necessário identificar inequivocamente os locais referidos na rica bibliografia sobre a geologia da Cidade de Lisboa produzida pelos geólogos dos Serviços Geológicos de Portugal, constatou-se que muitos dos locais referidos correspondiam a locais de exploração de rochas e minerais industriais em locais actualmente integrados na malha urbana da capital e há muito esquecidos. Tal permitiu, aprofundar o conhecimento sobre esses locais e sobre a sua localização, conhecer quais os materiais geológicos explorados e qual a sua utilização e importância para o desenvolvimento da cidade, contextualizar diferentes momentos da exploração com a evolução do conhecimento da Geologia da Região de Lisboa, cujas primeiras referências datam do final do Sec. XVIII.
As duas palestras que se apresentam, e que se complementam, dão conta da localização, evolução temporal das explorações dos recursos minerais de Lisboa, natureza dos recursos explorados e sua importância sob o ponto de vista industrial e utilitário e da importância que esses locais de exploração tiveram para o conhecimento da geologia da cidade de Lisboa." (in LNEG)

terça-feira, 27 de maio de 2014

Mohave abandona Portugal

A empresa norte-americana Mohave Oil, que se dedica à prospecção de petróleo e gás no oeste português, vai abandonar no final do mês as operações no país depois de não ter conseguido atrair investidores.
Em comunicado emitido ontem, a empresa-mãe Porto Energy aponta a inexistência de produção de petróleo e gás em Portugal como a principal razão que impediu a empresa de atrair investidores para continuar a operação e sustentar as elevadas necessidades de capital da exploração, referindo que vai entregar as concessões que detém no país.

"A empresa não conseguiu atrair interesse de investidores nas suas concessões em Portugal. A empresa acredita que tal se deveu sobretudo à falta de produção de petróleo e gás em Portugal", justifica a companhia, que estabeleceu o próximo dia 30 de Maio como data para a descontinuação das operações.

Ao longo dos últimos seis meses a Porto Energy esteve em negociações com dois potenciais parceiros - que não identifica -, um deles interessado em comprar parte das licenças e o outro em adquirir uma participação relevante na Mohave. As conversações falharam por não ter havido acordo sobre os termos da entrada no capital e porque um dos candidatos não conseguiu assegurar o financiamento necessário.

Antes disso, os assessores financeiros da empresa contactaram com 250 potenciais parceiros, apresentando à administração uma "shortlist" de 30 candidatos. Em cima da mesa esteve também a venda de dados das prospecções a eventuais interessados, que igualmente não teve êxito.

Num acordo assinado em 2012, a Galp comprou 50% da concessão Aljubarrota-3, por cerca de 3,15 milhões de euros, ficando com a opção de comprar uma participação de 25% em cada uma das outras seis concessões da Porto Energy. Em Junho de 2013, a energética portuguesa exerceu o direito de opção e tornou-se operadora da Aljubarrota-3, onde entretanto tinha sido confirmada a presença de gás "no pré-sal do prospecto Alcobaça". O Económico contactou a Galp, mas não foi possível obter esclarecimentos até ao momento.

A Porto Energy acrescenta que, ao longo dos últimos 18 meses, a liquidez operacional da empresa esteve sob forte pressão e que, por essa razão, as negociações não puderam ser prolongadas. No país, a Mohave Oil and Gas Corporation detém participações em sete concessões na denominada Bacia Lusitana no Oeste - Zambujal, Cabo Mondego 2, São Pedro de Moel 2, Aljubarrota 3, Rio Maior 2, Peniche e Torres Vedras -, cobrindo uma área bruta de 6.475 quilómetros quadrados.

As administrações de ambas as empresas apresentarão a demissão no dia 30 de Maio. A empresa está cotada na TSX Venture Exchange e espera que a descontinuação da operação em Portugal resulte na saída de bolsa. (in Economico)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Novas noticias da Galp em Mocambique

Galp Energia, partner in the consortium for the exploration of Area 4 in the Rovuma basin, offshore Mozambique, announces the successful execution of the appraisal campaign for the Agulha discovery, in the southern part of Area 4.
The delineation was carried out through the Agulha-2 appraisal well, which was drilled 12 kilometres South of the Agulha-1 discovery well and proved about 25 metres of gas column in good quality Paleocene reservoir sandstones, confirming the southern extension of the field.
This is the twelfth well successfully drilled in Area 4, where total resources discovered are estimated at approximately 85 Tcf of gas in place.
The appraisal well Agulha-2 was drilled in a water depth of 2,603 metres and reached a total depth of 5,645 metres. The well is located approximately 80 kilometres off the Cabo Delgado coast.
The consortium is currently drilling the Dugongo-1 exploration well and it is evaluating a possible subsequent well in the area.
Galp Energia holds a stake of 10% in the Area 4 consortium whilst Eni East Africa (Operator) holds 70%, KOGAS holds 10%
and ENH holds the remaining 10%. (in Galp Energia, SGPS, S.A.)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Entrevista do SOL ao presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira

A Lusofonia permitiu que a Galp entrasse nos maiores projectos mundiais de energia: «Estávamos no sítio certo na hora certa, porque nunca nos afastámos», diz ao SOL o presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, que ainda acredita nas reservas de petróleo no Alentejo e em Peniche.
 
A Galp Energia está a transformar-se numa empresa focada na exploração e produção de petróleo. Quando estará concluída esta mudança?
A materialização desse objectivo é clara quando prestamos contas ao mercado, mas tornar-se-á evidente e irreversível com o aproximar da viragem da década.
 
O que mudou em concreto?
Há projectos transformacionais em curso - com recursos geológicos identificados, planos de desenvolvimento definidos e financiamento assegurado - para que a nossa produção passe dos actuais 28 mil barris diários para cerca de 300 mil barris em 2020. Ou seja, mais de 10 vezes a produção actual. Estamos a crescer a um ritmo que não tem par na indústria petrolífera.
 
A empresa actualizou em Março o seu plano de investimentos. Que projectos estruturantes merecem destaque?
Os projectos principais, aqueles que permitirão concretizar a nossa visão, são essencialmente os de exploração e produção de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, no Brasil; o desenvolvimento das grandes reservas de gás natural que efectuámos ao largo da Bacia do Rovuma, em Moçambique; e a dinamização de novos projectos em Angola. Para termos participações relevantes em projectos como estes - que estão entre os mais aliciantes em curso no sector petrolífero a nível mundial - estamos obrigados a um rigor e a uma disciplina de enorme responsabilidade.
 
Como é que se tornou possível participar nesses projectos?
O nosso foco natural é nos países de língua portuguesa. E foi precisamente aí que, nos últimos anos, se realizaram as maiores descobertas de petróleo e gás a nível mundial: no Brasil e em Moçambique, respectivamente. Tínhamos objectivos definidos e estávamos no local certo na hora certa, porque nunca nos afastámos.
 
A indústria energética é uma oportunidade para a Lusofonia?
Certamente que sim, não só pela Galp Energia, mas também por toda a comunidade lusófona, em particular no que se refere ao desenvolvimento de competências dos recursos humanos orientados para esta indústria. É preciso uma maior convergência de esforços entre universidades, instituições públicas e privadas e as empresas do sector para que esta oportunidade de desenvolvimento se materialize. Desperdiçá-la seria uma perda inexplicável para as gerações futuras.
 
A refinaria de Sines tem contribuído para o aumento das exportações. Como avalia os resultados do investimento?
Era um resultado que se esperava, embora a retracção do mercado interno tenha tornado mais expressivos os números das exportações por motivos menos positivos. O que podemos afirmar com toda a certeza é que, sem o investimento que fizemos, as duas refinarias não seriam hoje viáveis. Temos que estar cientes desta realidade na definição de políticas energéticas, tanto em Portugal como ao nível europeu.
 
Muita gente refere que a nova refinaria está perto da utilização máxima. A capacidade de refinação da Galp poderá aumentar por outra via?
Uma refinaria é um equipamento que funciona ininterruptamente, 24 horas por dia e 365 dias por ano, e qualquer aumento de capacidade terá que estar associado a novos investimentos. Foi o caso do projecto de conversão das nossas refinarias, o maior investimento industrial de sempre em Portugal. No actual contexto de mercado, dificilmente se poderiam justificar novos investimentos nesta área.
 
Os preços dos combustíveis são um tema sensível para os consumidores. Quais as perspectivas de médio-longo prazo?
O sector atravessa uma revolução que ninguém poderia ter previsto há bem pouco tempo e ainda não houve uma estabilização do novo quadro que permita prever o futuro com um mínimo de rigor. Há uma procura crescente de produtos petrolíferos por parte das economias emergentes, com a China e a Índia à cabeça. Mas não há aqui uma linearidade, uma vez que os EUA, por exemplo, que há bem pouco tempo eram o maior importador mundial de petróleo, hoje são exportadores de produtos petrolíferos. É impossível prever como evoluirão estes equilíbrios.
 
A balança energética do país é deficitária. Como poderá o país ultrapassar esta dificuldade?
A solução ideal seria descobrirmos reservas de petróleo em território nacional. E estamos a trabalhar activamente para isso no offshore das bacias sedimentares do Alentejo e de Peniche. É um projecto em que nos encontramos empenhados, mas em que o risco exige que as próximas fases de desenvolvimento sejam feitas em consórcio. Não vingando esse projecto, a melhor forma de nos protegermos é diversificar tanto quanto possível as nossas fontes de abastecimento energético. (in SOL)

sexta-feira, 28 de março de 2014

Eni vende 7% do capital social da Galp

A Galp Energia informa que recebeu a seguinte informação da acionista Eni:
“A presente comunicação não pode ser publicada ou distribuída, directa ou indirectamente, nos Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Japão, a “US persons” conforme definido no US Securities Act de 1933, tal como alterado (o “Securities Act”), ou em qualquer outra jurisdição em que a sua publicação ou distribuição fosse ilícita San Donato Milanese (Milão), 28 de Março de 2014 – Eni S.p.A. (“Eni”) anuncia que concluiu com sucesso a colocação de 58.051.000 acções ordinárias representativas de aproximadamente 7% do capital social da Galp Energia SGPS, S.A. (“Galp”) (a “Oferta”).
A contrapartida total da Oferta ascendeu a aproximadamente €702,4 milhões.
A Oferta, realizada através de um processo de accelerated bookbuilding dirigido exclusivamente a investidores institucionais qualificados, foi concretizada a um preço de €12,10 por acção.
A liquidação da Oferta terá lugar no dia 2 de Abril de 2014 mediante entrega das acções aos investidores e pagamento do preço de aquisição à Eni.
No seguimento da liquidação da Oferta, a Eni continuará a deter uma participação correspondente a aproximadamente 9% do capital social da Galp, incluindo acções correspondentes a 8% do capital social da Galp como activo subjacente das obrigações permutáveis no montante de €1.028 milhões emitidas em 30 de Novembro de 2012 e com maturidade em 30 de Novembro de 2015, e acções correspondentes a aproximadamente 1% do capital social da Galp sujeitas a um direito de primeira oferta exercitável pela Amorim Energia B.V.
No âmbito da Oferta e de acordo com a prática de mercado, a Eni tem um período de lock-up de 30 dias relativamente à venda de acções adicionais da Galp, sujeito às excepções usuais neste tipo de transacção.
A Eni mandatou a Goldman Sachs e Mediobanca para actuar na qualidade de Joint Bookrunners da Oferta.
AVISO: A informação contida na presente comunicação serve apenas de enquadramento e não pretende ser integral ou completa. Os destinatários da presente comunicação não poderão basear qualquer decisão na informação constante da presente comunicação ou no seu rigor ou completude. A informação contida na presente comunicação está sujeita a alteração. A distribuição da presente comunicação em certas jurisdições poderá ser ilícita. A presente informação não se destina a distribuição nos Estados Unidos da América, Canadá, Austrália ou Japão ou em qualquer outra jurisdição em que a sua distribuição fosse ilícita. A informação constante da presente comunicação não constitui nem faz parte de qualquer oferta de valores mobiliários para venda nos Estados Unidos da América, Canadá, Austrália ou Japão. A presente comunicação não constitui nem faz parte de qualquer oferta de venda ou solicitação de oferta de compra dos valores mobiliários referidos. Os valores mobiliários referidos na presente comunicação não foram nem serão objecto de registo ao abrigo do Securities Act, e não podem ser oferecidos ou vendidos nos Estados Unidos da América ou a, por conta ou em benefício de cidadãos dos Estados Unidos da América (“US persons”) na ausência de registo ou isenção dos requisitos de registo constantes do Securities Act. Não haverá oferta pública dos valores mobiliários referidos na presente comunicação nos Estados Unidos da América.
A Oferta não foi nem será submetida a processo de aprovação da Commissione Nazionale per le Società e la Borsa (CONSOB) nos termos das leis e regulamentos aplicáveis. Em resultado, as Acções, e qualquer documento com estas relacionado, não podem ser oferecidas, vendidas ou distribuídas ao público no território da República de Itália, com excepção de investidores qualificados conforme definido nos termos do artigo 100 do Decreto Legislativo n.º 58 de 24 de Fevereiro de 1998 (a “Lei de Serviços Financeiros”) e do artigo 34-ter do Regulamento CONSOB n.º 11971 de 14 de Maio de 1999 (o “Regulamento CONSOB”), em ambos os casos tal como alterados, ou nas circunstâncias referidas no artigo 100 da Lei de Serviços Financeiros e no Regulamento CONSOB e, em qualquer caso, em cumprimento de quaisquer leis e regulamentos aplicáveis ou requisitos impostos pela CONSOB ou qualquer outra autoridade Italiana.
A Oferta não foi nem será submetida a aprovação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nos termos das leis e regulamentos aplicáveis e, consequentemente, as Acções não podem ser oferecidas, vendidas ou distribuídas ao público na República de Portugal, com excepção de investidores qualificados conforme definido no artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro, tal como alterado (o “Código dos Valores Mobiliários”), nem de outra forma oferecidas, vendidas ou distribuídas de uma forma que permita qualificar a Oferta como uma oferta pública nos termos do Código dos Valores Mobiliários.”

quinta-feira, 13 de março de 2014

Bons resultados para nova descoberta da Galp no Brasil

A Galp Energia, anunciou ter comprovado a descoberta de petróleo em águas profundas na bacia de Potiguar (off-shore), a cerca de 55 quilómetros da costa do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.

Segundo anuncia um comunicado da petrolífera portuguesa, os resultados comprovaram a descoberta, já divulgada em 17 de dezembro de 2013, de petróleo em águas profundas daquela bacia.
O poço tem uma profundidade de água de 1.751 metros e é explorado por um consórcio no qual a Galp detém uma participação de 20%. Os restantes 80% são detidos pela Petrobras, embora a estatal brasileira tenha um acordo para vender 40% à BP Energy do Brasil.
Segundo a Galp, o poço atingiu a profundidade final de 5.353 metros e constatou uma coluna de hidrocarbonetos de 188 metros. «Foi ainda realizado um teste de formação, que confirmou as boas condições de permeabilidade e porosidade do reservatório», adianta a empresa cotada no Euronext Lisbon.
De acordo com o comunicado, «o consórcio dará continuidade às actividades exploratórias previstas a partir dos resultados obtidos, com objectivo de propor à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um Plano de Avaliação da Descoberta para a área».
Na concessão BM-POT-16, na mesma bacia, a Galp detém uma participação de 20%, enquanto a Petrobras, entidade operadora, tem uma participação de 60%, e a IBV os restantes 20%. (in Dinheiro Digital; para comunicado oficial da galp clicar aqui)

quinta-feira, 6 de março de 2014

O Jurassico em Portugal

 
"Eis o maior predador conhecido que pisou terra firme na Europa: um dinossauro carnívoro que, há 150 milhões de anos, se passeava pelo território que actualmente é Portugal. Tinha mais de dez metros de comprimento, pesava quatro a cinco toneladas e os dentes bem afiados, em forma de lâmina, dificilmente deixariam as presas indiferentes, ou, pior, incólumes após as suas investidas.
Os seus ossos são agora descritos pelo belga Christophe Hendrickx e pelo português Octávio Mateus, ambos paleontólogos da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, na revista científica PLOS ONE. Classificam este predador do Jurássico Superior como uma espécie de dinossauro nova para a ciência e referem que essa conclusão se baseou principalmente num maxilar, encontrado há mais de uma década por um paleontólogo amador a 70 quilómetros a norte de Lisboa, nas arribas de uma praia.
Em 2003, o holandês Aart Walen, voluntário no Museu da Lourinhã, e o seu filho pequeno procuravam fósseis nas arribas da Praia da Vermelha, no concelho de Peniche, quando se depararam com o maxilar esquerdo de um dinossauro. Associados a esse fóssil apareceram dentes, uma vértebra da cauda e uma costela. A primeira descrição científica deste material é de 2006, mas não se avançou logo que se tratava de uma nova espécie de torvossauro.
“Na altura, encontrámos diferenças, mas não eram suficientes para dizer que era uma nova espécie”, diz Octávio Mateus. Agora, a equipa já o pôde afirmar, após um estudo mais pormenorizado do maxilar.
 Até ao momento, conhecia-se uma só espécie de torvossauro: o Torvosaurus tanneri, também com 150 milhões de anos. Encontrado em 1972 nos Estados Unidos e descrito em 1979, durante muito tempo era o único torvossauro conhecido — até que, em 2000, foi revelada a descoberta de uma tíbia em Portugal.

Essa tíbia tinha sido encontrada por um agricultor em Casal do Bicho, localidade do concelho de Alcobaça. Octávio Mateus e outro investigador estudaram-na e concluíram, num trabalho publicado em 2000, que pertencia pelo menos a um dinossauro do género Torvosaurus. O osso não tinha informação para se dizer mais. Seria então uma tíbia do já identificado Torvosaurus tanneri, pelo que este dinossauro americano também teria representantes na Europa? Ou seria de um primo, do mesmo género mas de outra espécie? “O que era claro é que era um Torvosaurus. Era a primeira referência a este género fora da América do Norte”, lembra Octávio Mateus.
Agora, este paleontólogo e Christophe Hendrickx olharam novamente para o maxilar descoberto por Aart Walen e pelo filho. Afinal, vivia deste lado do Atlântico um torvossauro de uma outra espécie.
O nome científico escolhido para a nomear — Torvosaurus gurneyi — é uma homenagem ao ilustrador norte-americano James Gurney, criador da série de livros Dinotopia. Neste mundo utópico, dinossauros e humanos vivem felizes lado a lado numa ilha, ainda que isso seja uma impossibilidade histórica, devido à separação por muito tempo entre a extinção dos dinossauros (há 65 milhões de anos) e o aparecimento dos primeiros humanos (há cerca de dois milhões de anos). Mas isso é o que menos interessa numa história de ficção. “Sempre admirei a reconstrução deste mundo utópico, onde dinossauros e humanos vivem juntos”, diz, num comunicado, Christophe Hendrickx, de quem partiu a ideia a homenagem a Gurney.
O número de dentes está entre as principais diferenças entre o torvossauro americano e o seu primo português. Enquanto o Torvosaurus tanneri apresenta 11 dentes ou mais em cada maxilar, o Torvosaurus gurneyi tem menos de 11. Não seria menos assustador por isso, uma vez que os seus dentes podiam chegar aos dez centímetros de comprimento. Só o crânio podia ter mais de um metro.
“Não houve predador terrestre maior do que este no Jurássico”, refere Octávio Mateus. No mar, é possível que tenha havido ictiossauros maiores, acrescenta, mas em terra firme os torvossauros, tanto o da América do Norte como o da Europa, não tinham outros predadores à altura. Reinavam no topo da cadeia alimentar. “Era um predador activo que caçava outros grandes dinossauros, como evidenciam os dentes em forma de lâmina”, frisa ainda Christophe Hendrickx.
Olhando para outros tempos, os torvossauros nem foram os maiores dinossauros de sempre. Todos carnívoros, o Tyrannosaurus rex (com 12 metros, na América do Norte), o Carcharodontosaurus (12 metros também, na África do Norte) e o Giganotosaurus (com 15 metros, na Argentina) suplantaram-nos. Viveram num período posterior, já no Cretácico.
Que importância tem haver dois torvossauros, com a mesma idade, em dois continentes, que se afastavam e pelo meio ia nascendo o Atlântico Norte? “Quer dizer que a Europa e a América do Norte tinham de estar separadas há tempo suficiente para o Torvosaurus evoluir em duas espécies diferentes de um lado e do outro do Atlântico”, responde Octávio Mateus. “Dantes, a perspectiva era que havia a mesma espécie em dois continentes, portanto tinha de haver pontes de terra no Jurássico Superior. Nós dizemos que as pontes de terra são mais antigas do que se pensava, possivelmente uns dez milhões de anos.”
Essas ligações entre a Europa e a América do Norte terão então desaparecido há uns 160 milhões de anos, tornando o Atlântico intransponível para os animais terrestres. Esta é pois uma história real, contada pelos torvossauros e os seus ossos." (in Publico)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Bombaim - o regresso

E la fui eu para Bombaim outra vez. Tal como no ano passado, sem tempo para tirar fotografias, ao menos tento convencer-me que estou preparado para a gastronomia local, o que faz sempre parte dos roteiros de visita locais. Talvez erradamante; mas tudo depende do estado de espirito. Hoje entao fui jantar fora.

Comecando pela viagem, nao aquela a iniciar em Lisboa, mas aquela a partir do Hotel ate ao restaurante: transito caotico com motoretas a furar por asfalto e passeio densamente povoados. E’ verdade que tambem apanhei uma dessas motas de transporte mas o trajecto nao poderia ser mais inconveniente porque, aparte do trafego, tambem existiu a clara desvantagem de nao ter quase visao sobre a rua. Estive portanto em viagem sem qualquer turismo. Bombaim, alias, nao sera assim um dos principais pontos turisticos da India e este transito permanente impossibilita bastante o meu tipo de turismo que se foi tornando ao longo destes anos numa especie de visitas ao estilo de corrida de cem metros, com fotografias pelo meio, para me recordar apenas por onde de facto andei.

Fui primeiro ter a praia de Juhu que, ja de noite, permanecia cheia desta gente que possivelmente se refugia do calor de casa junto ao mar. Apos esta passagem relampago, fiz sinal a outra mota destas e la fui eu a caminho do restaurante. Ainda nao tinha realizado a primeira curva e ja o motociclista tinha sido mandado encostar pela policia – huuuummm, sem luzes e depois sem carta, la vais pagar multas – penso eu. E la ficaram os dois  - condutor e autoridade - na conversa.

Apanho rapidamente outro ciclomotor desta especie e menos de cinco minutos depois la estava eu a porta do restaurante - o Mahesh - que se encontra mesmo perto da praia anterior, na zona de Santacruz. Sentei-me na esplanada e pedi uma cervejita. Percebi subitamente que a musica era tipicamente ocidental (e da epoca) com o Freddie Mercury a gritar o “I want to break free” seguindo-se de uma Gloria Gaynor a cantarolar o “I will survive”. Por isso ou por teima pessoal, nao houve ca reservas e a dose de picante foi a normal.  Entre caranguejos e lagostas, la me fiz de homenzinho e fui experimentar apenas uns camaroes com uma massala ca da terra. Comida de muita qualidade deveras, confeccionada com a arte local e com mariscos frescos.

Umas quantas cervejas mais tarde, la consegui apagar o fogo que ardia dentro de mim desde que trinquei a primeira gamba ate que lambi do garfo a ultima gota daquele molhinho – confesso que aqui por ultimo, ja com uma lagrimazinha no olho e com uma temperatura corporal na ordem dos quarenta graus. Em jeito de avaliacao tipica do tripadvisor: comida boa mas que suponho extremamente impropria para quem tenha hemorroidas.

Seguiu-se uma viagem para o hotel noutra dessas motoretas. E foi mais ou menos isto. Bombaim e’ picante e nao e’ para todos.

 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sonangol confirma desaparecimento de navio-tanque ao largo de Luanda

"A petrolífera angolana Sonangol, confirmou hoje, em comunicado enviado à Lusa, o desaparecimento do navio-tanque Kerala, presumivelmente sequestrado por piratas marítimos.

No comunicado, a Sonangol acrescenta que desde o passado dia 19 perdeu o contacto com o Kerala, um petroleiro grego de bandeira liberiana, que tinha sido fretado pela empresa.
"Seguiam a bordo 27 tripulantes de nacionalidades indiana e filipina e por altura do último contacto encontrava-se fundeado ao largo da costa de Luanda", lê-se no comunicado.
A Sonangol adianta terem sido já "acionadas as autoridades competentes e os mecanismos técnicos convencionais no sentido de se localizar o navio e identificar as causas da ocorrência".
Segundo a página na Internet da empresa proprietária do Kerala, a DynaCom Tankers, a situação mantém-se igual ao que registado há dois dias, altura em que foi divulgada a suspeita de que o navio-tanque teria sido sequestrado por piratas marítimos.
A última comunicação a partir do Kerala foi feita pouco depois da 01:30 do passado dia 18, ao largo de Luanda, refere a DynaCom Tankers.
"A comunicação com o M/T Kerala foi dada como perdida desde 18/01/14. Suspeita-se que os piratas tomaram o controle da embarcação, mas mesmo esta informação ainda não está confirmada. Desde então, adoptámos medidas imediatas e estamos a trabalhar em conjunto com as autoridades/agências para estabelecer a comunicação com o navio. A Dynacom está comprometida com a segurança da tripulação, do ambiente e da embarcação", lê-se no comunicado publicado na sua página na Internet.
Segundo a Dryad Maritime, uma agência de inteligência marítima, baseada no Reino Unido, é possível que o Kerala tenha sido sequestrado por piratas.
A confirmar-se essa possibilidade, a Dryad Maritime considera que o desaparecimento do navio-tanque pode representar um "aumento significativo (em termos de área) da pirataria marítima a partir do Golfo da Guiné, envolvendo provavelmente grupos criminosos nigerianos".
Noutro sítio da Internet ligado à navegação marítima, o MarineLink.Com, salienta-se que a perda de comunicações com o Kerala se verificou após uma série de alertas lançados pela Dryad Maritime aos seus clientes sobre a presença de uma embarcação suspeita a navegar ao largo da costa de Angola." (in SAPO)

domingo, 19 de janeiro de 2014

“Todos partem e nenhum fica” in Publico

"Da Noruega à África do Sul, multiplicam-se os destinos que acolhem os investigadores portugueses. Mas a história de todos e de cada um é a de quem teve de partir por não encontrar espaço para trabalhar no seu país.

Números exactos não existem. Ficam os relatos de quem vive uma diáspora científica.
Quantos se vão embora ao certo? Quantos vêm para o país? Em que condições trabalham? Números exactos, que permitam ter um retrato real do que se passa com os cientistas em Portugal, não existem. Ficam os relatos de quem vive uma diáspora científica em tempos de crise.
Era um dos 20 membros do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, criado em 2012 por Pedro Passos Coelho para aconselhar o Governo. Ironia: disseram-lhe que não conseguiriam renovar o contrato que tinha como investigadora auxiliar num centro de investigação em Lisboa e teve de fazer as malas e deixar o país. Foi em Setembro do ano passado. Aos 35 anos, Filipa Marques tornou-se emigrante científica.
É no Centro para a Geobiologia da Universidade de Bergen, na Noruega, que agora trabalha como geóloga marinha, exactamente na mesma área a que se dedicava em Portugal, no Centro de Recursos Minerais, Mineralogia e Cristalografia (Creminer) da Universidade de Lisboa, onde depois do doutoramento tinha continuado como investigadora. Em termos de investigação, o que agora trocou foram os campos hidrotermais oceânicos dos Açores pelos campos do Árctico. “Por parte das pessoas do Creminer sempre fui bem acolhida. A minha revolta – e vejo que é partilhada por outras pessoas – é com o Governo. Fizemos tudo o que nos foi pedido – estudos, graduações… – e, no final, dizem-nos: ‘Temos pena, vão para outro lado, não há condições para vocês.’" (cont.; in Publico)