terça-feira, 23 de maio de 2017

Colombianos deixam produção de petróleo em Angola

A petrolífera colombiana Ecopetrol cedeu à Statoil, da Noruega, a participação que tinha em dois blocos de produção petrolífera no 'offshore' angolano, três anos depois de a ter comprado aos noruegueses.

A informação consta de dois decretos executivos, de 04 de maio e de 09 de maio, ambos assinados pelo ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, autorizando a Ecopetrol, através da sua subsidiária na Alemanha (Ecopetrol Germany GmbH), a fazer a cessão do interesse participativo nos dois blocos.
No caso do bloco 38/11, os colombianos vendem toda a participação de 10% à Statoil, com a petrolífera da Noruega a elevar a 70% a participação neste bloco, cabendo os restantes 30% à concessionária estatal angolana Sonangol.
O documento do Ministério dos Petróleos, que não adianta valores envolvidos no negócio, acrescenta que a Sonangol "não irá exercer o direito de preferência em relação à transmissão" desta participação, podendo assim avançar a venda.
No caso do bloco 39/11, a Ecopetrol vende a participação de 10% entre a Statoil (9,17%) e a Total (0,83%). Os noruegueses passam a ter uma posição de 61,67% e a Total 8,33%, cabendo os restantes 30% à Sonangol.
A petrolífera colombiana Ecopetrol justificou em julho de 2014 a entrada no mercado da prospeção de petróleo em Angola, através da aquisição de duas participações aos noruegueses da Statoil, com o objetivo de diversificar a atividade internacional.
A intenção resultou de um acordo então alcançado com a Statoil, para aquisição de duas participações de 10 por cento nos blocos offshore 38 e 39, em águas profundas no sul de Angola, à petrolífera norueguesa.
Chegou a prometer constituir uma sucursal angolana, mas a baixa da cotação do barril de crude no mercado internacional fez cair o interesse pela prospeção em Angola, atualmente o maior produtor de petróleo em África.
A Ecopetrol é a maior petrolífera da Colômbia e uma das quatro principais da América Latina. Garante mais de 60% da produção de petróleo na Colômbia e além do Brasil e Estados Unidos, está também presente, atualmente, no Peru. (in SAPO)

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