quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Parque mineiro da Cova dos Mouros em Alcoutim


Os passeios pelo interior Algarvio estenderam-se a outro dia e desta feita ate ao Concelho de Alcoutim. De passagem, mereceu destaque outro sitio de interesse mineiro da regiao - o parque mineiro da Cova dos Mouros - situado a cerca de trinta quilometros a oeste de Alcoutim.
A actividade mineira da regiao remonta a tempos pre-historicos e ao longo tempo foram reunidos varios vestigios arqueologicos que retratam as varias ocupacoes e actividades de diversas epocas. Parece-me que o objectivo do parque seja mesmo mostrar essa mesma actividade e a evolucao da laboracao, desde o Calcolitico, passando pelos romanos, arabes e ate ao tempos mais modernos dos seculos XIX e XX, em que a extracao de processava ja com o auxilio de maquinaria.
Geologicamente, esta zona encontra-se associada 'as pirites alentejanas, isto e', 'a exploracao de sulfuretos macicos - em particular, ao cobre - e estende-se desde a Andaluzia, passando por parte do Algarve e Alentejo. Esta provincia metalogenetica denomina-se por Faixa Piritosa Iberica e e' mundialmente conhecida no contexto do mercado de minerio, ate porque apresenta importante actividade actual de producao de concentrado de cobre na Mina de Neves Corvo, uma das maiores minas subterraneas da Europa.
Infelizmente, estes passeios fora de epoca balnear coincidem com o abrandamento da actividade turistica no Algarve, sempre pautada pela sua sazonalidade, o que muitas vezes significa que os locais a visitar estao encerrados. E foi o caso: fizemos um desvio de algumas dezenas de quilometros para aqui passar e, por estradas e estradinhas, la chegamos ao local - mas so para dar com os cedeados no portao e nem vestigio recente de vivalma. Ainda deu para espreitar por cima da cerca e ver uns pequenos vagoes de transporte mas foi muito pouco...
Nao planeio uma visita futura para breve, o que e' uma pena. Vai ter que ficar "para uma proxima".

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Mina de Sal Gema em Loule: Campina de Cima C-17

 
O Algarve e' um excelente destino para passeios fora de epoca estival. Neste periodo do ano ha bom tempo sem que se produza um calor abrasador e nao ha - sobretudo - a molhada de gente que se muda da cidade para ir a banhos. A semana anterior ao Natal foi, tal como no ano passado, alvo de passeios pela Serra Algarvia, incluindo ate um roteiro de interesse geologico-mineiro que ficara frustrado no ano anterior: a mina de sal gema de Loulé.
A mina situa-se na freguesia de S. Clemente, concelho de Loulé, distrito de Faro e denomina-se Campina de Cima C-17.
Trata-se de uma exploração mineira gerida pelo Grupo CUF desde 1964, numa altura em que se utilizava o sal proveniente desta mina para a indústria química. Desde 2004, o sal aqui extraído servia apenas para a utilização nas estradas para combater o degelo e para a indústria das rações. Uma diminuição na produção que levou a que o Grupo pensasse numa forma de rentabilizar o espaço ao invez da sua completa desactivacao.
 
Em 2009 noticiava-se a ideia de criar um Centro de Recepção e Interpretação na Mina, um espaço único e inovador em Portugal que consistiria na instalação de um hotel dentro das galerias subterrâneas, um museu, um storage e ainda zonas de lazer e culturais. A CUF surgia como promotora do projecto e angariadora de investidores para financiar este empreendimento e a parceira Câmara Municipal de Loulé revelava entao o objectivo de fazer da Mina de Sal Gema um pólo turístico e cultural da região. 'A data, a noticia foi acolhida com alguma pompa e circunstancia e circulou o esboco do projecto que inclui ate a preservacao da actual torre de acesso a mina (imagem ao lado, in cbarq.pt).
Ora, logo 'a chegada, facilmente se constata que este plano nao se concretizou. Aparentemente, procedeu-se a desactivacao do espaco e infelizmente hoje em dia este nem pode ser visitado, salvo em certos eventos especificos.

Da mina extraia-se minério de sal-gema proveniente dum diapiro com estrutura em domo. Este diapriro de Loulé encontra-se localizado a SW da Península Ibérica e é de pequenas dimensões, a espessura ronda os 800m e os flancos conferem-lhe um contorno elíptico. O eixo do anticlinal está orientado WSW – ENE e encontra-se controlado estruturalmente por uma grande falha (Aproximadamente E-W). Analogamente, existem, no Algarve, os diapiros de Faro, Tunes, Moncarapacho e Santa Bárbara de Nexe, pertencendo todos ao Complexo Evaporítico da Bacia Algarvia, uma província geológica de idade Mesozóica. Estratigraficamente, os complexos evaporíticos existentes fazem a passagem dos materiais Mesozóicos, para a Base Hercínica. Estes fenómenos ocorrem a W e S de Portugal Continental, correspondendo respectivamente às Bacias Lusitâniana e Algarvia. O diapiro encontra-se encaixado em rochas do tipo calcários, margas e dolomitos de idade Jurássica (Caloviano, Kimeridgiano - Oxfordiano, Kimeridgiano). À superfície encontramos as Areias de Faro-Quarteira do Plistocénico, sobrejacentes ao diapiro.
Segundo Manuppela (1988) o fenómeno de diapirismo iniciou-se no Jurássico inferior (Dogger). Actualmente, o minério é datado de 300 Ma (+-10 Ma), que equivale ao período Carbónico. O domo salino formou-se através de um fenómeno de halocinese, que consiste na ascensão do material salífero sob a forma de um rolhão gigantesco, proveniente das unidades superiores dos Arenitos de Silves. Esta ascensão deu-se preferencialmente através de falhas de direcção EW. Em simultâneo, ocorreu possivelmente, a actuação de forças tectónicas de carácter compressivo, favorecendo a ascensão deste material que contrasta quanto à sua densidade e plasticidade com a do material encaixante. Este episódio constituiu a segunda fase de deformação (Terrinha, 1989).
O material, provavelmente, não atingiu a superfície, uma vez que na mina, o seu cap-rock, de composição essencialmente gipsífera, se encontra preservado. Este cap-rock que se
encontra nos bordos e no topo do diapiro não possibilita a passagem de água dos aquíferos para a massa de sal, evitando assim a sua dissolução (Terrinha ,1989).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Descoberta da Tullow no Kenya

"Tullow Oil plc (Tullow) announces that the Etom-2 well in Block 13T, Northern Kenya, has encountered 102 metres of net oil pay in two columns.
 
The objective of the well was to explore the Etom structure in an untested fault block identified by recent 3D seismic. Oil samples, sidewall cores and wire line logging all indicate the presence of high API oil in the best quality reservoir encountered in the South Lokichar Basin to date. Additional prospectivity identified on the 3D seismic in the north of the basin, including the Erut and Elim prospects, will now be considered as part of the future exploration drilling programme.
The PR Marriott Rig-46 drilled the Etom-2 well to a final depth of 1,655 metres and will now move to Block 12A where it will spud the Cheptuket-1 well around year end, the first well to be drilled in the Kerio Valley Basin. 
In Block 10BB, Tullow has completed the Ngamia Extended Well Test with approximately 38,000 barrels of oil produced. The five completed zones of Ngamia-8 were tested at a cumulative rate of 2,400 bopd and all except the lowest zone produced naturally. Communication between the producer well and an observation well at a distance of approximately 500 metres was also demonstrated.
Tullow operates Blocks 13T and 10BB with 50% equity and is partnered by Africa Oil Corporation, also with 50%.

Angus McCoss, Exploration Director, Tullow Oil plc, commented today:

“We are delighted with the Etom-2 well which encountered over 100 metres of net oil pay in the best reservoirs in the basin so far. Discovering this thick interval of high quality oil reservoirs further underpins our development options and resource base. The result follows careful evaluation of 3D seismic data which was shot after the Etom-1 well and demonstrates how we have improved our understanding of the South Lokichar Basin. This result also suggests significant potential in this underexplored part of the block as it is the most northerly well we have drilled in South Lokichar and is located close to the axis of the basin away from the basin-bounding fault. Accordingly, we will review the potential of the greater Etom area and neighbouring prospects to decide on our forward programme.” (in Tullowoil)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Presidente da ENH de Moçambique admite pressão para acelerar exploração de gás

 Imagem: ENH
 
"Em entrevista ao Financial Times, Omar Mitha, que chegou à presidência deste organismo estatal moçambicano em agosto, mostra-se esperançado em exportar a primeira carga de gás natural líquido (LNG, no original em inglês) ainda em 2020 e está otimista sobre as vantagens de Moçambique face a outros países, mesmo em contexto de descida dos preços das matérias-primas.
"Mesmo com os nossos problemas, ainda oferecemos vantagens competitivas face a outros países", diz o responsável, considerando que a atribuição de licenças de exploração em outubro à norte-americana ExxonMobil e à italiana Eni "é uma clara indicação" do interesse dos investidores.
Na reportagem do Financial Times, Omar Mitha é apresentado como um otimista que entende as dificuldades do mercado e os condicionalismos do país, razão pela qual descreve o potencial que o LNG oferece ao país como "um projeto de transformação e uma oportunidade única para Moçambique saltar alguns estádios de desenvolvimento".
Entre as várias dificuldades que as empresas enfrentam em Moçambique estão a falta de mão de obra especializadas, os problemas técnicos, os altos custos de exploração e, agora, a descida no preço das matérias-primas, que obriga a estudos mais rigorosos sobre a diferença entre o custo do investimento e o lucro da exploração.
"O que é crítico é acelerarmos o ritmo para o mercado porque a janela de oportunidade pode diminuir", diz o responsável, explicando que "a razão por trás disto é a que a dinâmica do mercado está a mudar".
Esta dinâmica prende-se com a redução do preço das matérias-primas, que os analistas estimam que vá durar vários anos antes de, eventualmente, regressar aos níveis do ano passado, e com a nova geografia dos compradores, principalmente os asiáticos, com o Japão e a Índia à cabeça.
Desde 2010 que Moçambique saltou para as primeiras páginas dos jornais internacionais, quando a Anadarko e Eni começaram a descobrir gas na Bacia do Rovuma, com o potencial de colocar o país entre os maiores produtores mundiais.
Em declarações citadas pela revista Jeune Afrique, Omar Mitha diz que quando o gás natural estiver em exploração, o Produto Interno Bruto de Moçambique poderá disparar dos atuais 16 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros) para 39 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em 2035, além de arrastar a construção de infraestruturas e criação de emprego, estimada em 700 mil novos postos de trabalho.
A ENH prevê ainda que o Estado arrecade mais de 67 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros) em receitas da exploração do gás natural de Rovuma, admitindo que o valor possa aumentar durante o desenvolvimento do projeto.
As multinacionais petrolíferas poderão investir 31 mil milhões de dólares (27,7 mil milhões de euros) nos projetos de gás na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, conclui o presidente da ENH." (in SAPO)

sábado, 28 de novembro de 2015

Ouro de Jales vai ficar no fundo da mina

"Está adiado o regresso ao ouro em Portugal. Dos €24 milhões de investimento previstos no contrato de exploração experimental para reativar as minas de Jales, em Trás-os-Montes, foram investidos apenas €3 milhões.
O consórcio a quem em 2012 foi atribuído o projeto não cumpriu com o acordado e o contrato com o Estado caducou. Mas com uma originalidade: do consórcio também fazia parte o próprio Estado.
Além da canadiana Petaquilla Minerals, que detinha 85% do consórcio Almada Mining (criado propositadamente para este projeto mineiro), o Estado português entendeu — em 2012 — que a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) deveria assumir os restantes 15%.
O investimento global estimado ascendia a €66 milhões e previa-se a criação de 100 postos de trabalho diretos e 250 de forma indireta." (IN EXPRESSO)

domingo, 22 de novembro de 2015

Estado vende minas do Lucapa e sai dos diamantes

"O conflito por causa da Sociedade Mineira de Lucapa entre o Estado angolano e o português, que remontava a 2011 e se tinha tornado numa enorme dor de cabeça, chegou agora ao fim. A 6 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE) assinou com a empresa nacional de diamantes angolana, Endiama, um acordo de venda dos 49% que o Estado português tinha na Sociedade Mineira de Lucapa (SML), uma concessionária de atividade diamantífera. A Endiama comprometeu-se a pagar 130 milhões de dólares (€121 milhões) e pôr fim a um conflito que se arrastava desde outubro de 2011, data em que o Estado angolano decidiu retirar a licença de exploração à SML. Concluído este negócio, o Estado português deixa de ter qualquer participação em minas de diamantes em Angola e a SPE, detida em 81% pela Parpública, fica praticamente sem atividade.
“Coincidindo com a celebração dos 40 anos da independência da República de Angola e no espírito de reforço do relacionamento diplomático entre Portugal e Angola, a SPE e a Endiama firmaram no passado dia 6 de novembro um acordo que tem por base a alienação da participação detida pela primeira no capital da Sociedade Mineira do Lucapa à segunda, sua sócia no projeto mineiro, por um valor de 130 milhões de dólares”, confirmou ao Expresso a Parpública, que detém as participações do Estado e a SPE. A liquidação do negócio será faseada e feita no prazo de 11 meses. “A execução (do negócio) está condicionada ao cumprimento das necessárias formalidades administrativas mas permitirá, assim que terminada, colocar um ponto final nas diversas ações e processos arbitrais e judiciais que as partes haviam intentado em diferentes instâncias e jurisdições, contribuindo assim para o reforço das relações bilaterais”, esclarece a Parpública.

Indemnização de 6 mil milhões de doláres

O acordo de 6 de novembro permitiu às partes pôr fim a um conflito que estava a agravar-se. No final de 2011, o Estado angolano retirou a concessão para explorar diamantes à SML, passando-a à Sociedade Mineira Kassypal, do grupo angolano de António Mosquito. E a partir daí a situação da empresa deteriorou-se e os prejuízos aumentaram.
Entretanto, a Endiama fez queixas em tribunal contra a SPE, responsabilizando-a pela falência técnica e financeira da SML. Detentora dos restantes 51% da SML, a Endiama acusava a SPE de ter paralisado a SML por falta de investimento e de operar com equipamentos obsoletos. Em 2011, a SML tinha 1200 trabalhadores. Em 2015, noticiou a Agência Lusa, o Estado angolano pedia uma indemnização de 6 mil milhões de dólares (€5,6 mil milhões) à SPE. Com este acordo cessam os processos em tribunal e termina a parceria. Resta saber se a SEP será agora extinta. A Parpública preferiu manter o silêncio." (in EXPRESSO)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Galp vai explorar petróleo no mar de São Tomé e Príncipe

A Galp Energia chegou a acordo com o Governo de São Tomé e Príncipe e a Kosmos Energy "para a atribuição do Bloco 6, no 'offshore' de São Tomé e Príncipe".
Neste acordo, a Galp Energia "terá a operação do bloco e uma participação de 45%, a Kosmos Energy 45% e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), em representação do governo, uma participação de 10%", afirma a petrolífera portuguesa em comunicado.
O Bloco 6 encontra-se na Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe em profundidades de água de até 2.500 metros e cobre uma área de 5.024 km2.
Nesta primeira fase, a empresa portuguesa e os seus parceiros comprometeram-se a realizar atividades de exploração, incluindo aquisição sísmica, durante os quatro anos da primeira fase do período exploratório.
Segundo a Galp Energia, esta aquisição "permite à empresa o acesso como operadora a uma área de fronteira, numa nova geografia, enquanto mantém uma posição financeira sólida".
A Kosmos Energy, empresa parceira da Galp Energia, dedica-se à exploração e produção de petróleo e gás natural focada em áreas emergentes e de fronteira ao longo da Margem Atlântica.
Os seus ativos incluem projetos em fase de produção e outros em desenvolvimento no 'offshore' do Gana bem como licenças de exploração com potencial significativo de hidrocarbonetos no mar da Mauritânia, Marrocos, Portugal, Senegal, Suriname e Saara Ocidental.
A Kosmos Energy é uma sociedade cotada no New York Stock Exchange (NYSE) sob o símbolo KOS.
A Galp Energia refere no comunicado que "continua focada em executar os seus projetos de desenvolvimento de classe mundial, especialmente no Brasil e em Moçambique, mantendo um portefólio diversificado de exploração e de avaliação que assegure um nível de produção sustentável na década de 2020". (in Expresso)

domingo, 4 de outubro de 2015

Sonangol fecha até novembro concurso de produção petrolífera no 'onshore' angolano

Imagem: Sonangol
"Em causa estão blocos para exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três) que, segundo a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), podem representar mais de metade das reservas conhecidas de Angola, ou seja, pelo menos sete mil milhões de barris.
A data limite para apresentação das propostas de licitação foi prolongada até ao passado dia 01 de outubro e a abertura das mesmas aconteceu no dia seguinte, em Luanda, informou hoje à Lusa fonte da Sonangol, concessionária da atividade petrolífera nacional.
"Dentro dos próximos 45 dias, a Sonangol, deverá concluir a análise das propostas, proceder a adjudicação das concessões e realizar a contratualização com os grupos empreiteiros destas concessões", referiu a mesma fonte.
Entre as 38 petrolíferas pré-qualificadas neste processo de licitação - que arrancou em abril de 2014 - estavam, enquanto operadoras, as portuguesas Galp Energia e Partex, mas também empresas como a italiana Eni, a norte-americana Chevron ou a colombiana Ecopetrol, na mesma condição.
A abertura das propostas é a etapa do processo de licitações que sucede à auscultação as empresas concorrentes, ao lançamento do concurso, à pré-qualificação e à publicação dos Termos de Referência do procedimento, explica ainda a Sonangol.
A data limite para apresentação das propostas de licitação a este concurso foi fixada, em julho, para 18 de setembro, tendo sido prorrogada em cima deste prazo, mas sem qualquer justificação oficial por parte da Sonangol.
No concurso para não-operadoras (minoritárias nos grupos empreiteiros a constituir por bloco) estavam pré-qualificadas, segundo informação da Sonangol, 47 empresas, desconhecendo-se igualmente quais as empresas que avançaram com propostas finais.
Segundo dados da Sonangol consultados pela Lusa, a Galp Energia integra grupos empreiteiros nos blocos do 'offshore' angolano 14 (de produção, em águas profundas), com uma participação de 9%, e 33 (de exploração, em águas ultra profundas), com 05,33%.
Já a Partex, tem uma participação de 2,5% no consórcio do bloco 17/06, de exploração em águas ultra profundas, igualmente ao largo de Angola.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, produção que aumentou 12% no primeiro semestre deste ano para mais de 1,7 milhões de barris de crude por dia, segundo a Sonangol." (in SAPO)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Conferência Pesquisa de Petróleo em Portugal - ENMC

 
"A ENMC organizou no passado dia 28 de Setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, uma Conferência sobre a Pesquisa de Petróleo em Portugal. O objetivo foi a apresentação da recente atividade de Prospeção e Pesquisa de Petróleo em Portugal, o estado atual de conhecimento sobre o potencial petrolífero das bacias sedimentares portuguesas e desenvolvimentos futuros.
Participaram nesta conferência, além da ENMC, as Empresas: Repsol, Eni, Kosmos, Galp, Partex e Australis e ainda as Universidades de Lisboa e Coimbra.
 A conferência foi seguida de um animado espaço debate com uma participação muito alargada, pelo que se agradece a participação de todos os que contribuíram para o sucesso deste encontro." (in ENMC)
 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Eni e Galp confirmam primeira perfuração petrolífera na costa do Alentejo em 2016

O consórcio entre a Eni e a Galp vai realizar, em 2016, a primeira perfuração petrolífera em águas ultra-profundas em Portugal. O poço Santola situa-se a 80 quilómetros de Sines.
Quem o garantiu foi o responsável do grupo italiano pelo projecto; Franco Couticinni, durante a conferência "Pesquisa de Petróleo em Portugal", promovida pela Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis.
"O porto de Sines é uma infra-estrutura importante e eficiente e poderá conceder o apoio estratégico na fase de exploração e numa fase de desenvolvimento do projecto", realçou a mesma fonte.
O período de perfuração durará 45 dias e será criada uma área de segurança marítima de 500 metros.
"Em caso de descoberta de petróleo, haverá depois uma estrutura leve, com apenas um navio que fará a ligação ao poço, situado a mil metros de profundidade", destacou Franco Couticinni.
Além de Santola, este consórcio detém mais duas concessões na região: Lavagante e Gamba. A ENI detém 70% do consórcio e a Galp os restantes 30%. (in Economico)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Empresa de Sousa Cintra com concessão para explorar petróleo em Aljezur e Tavira

A Portfuel, do empresário Sousa Cintra, tem a partir desta sexta-feira a concessão para a exploração de petróleo nas áreas de Aljezur e Tavira, onde será feita pesquisa em terra com métodos tradicionais.
O presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Paulo Carmona, afirmou esta sexta-feira à Lusa que os contratos de concessão, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas designadas por Aljezur e Tavira preveem apenas pesquisa em terra, com recursos a métodos tradicionais, por um período de quatro anos.
Isto é, se houver exploração ou sondagem com métodos não convencionais, por exemplo ‘fracking’ (fratura hidráulica) /’shale gas’ (gás de xisto), terá de ser feito um estudo ambiental, acrescentou o responsável do organismo público que veio substituir a EGREP – Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos.
Segundo Paulo Carmona, “a Portfuel [Petróleos e Gás de Portugal] demonstrou interesse em fazer reconhecimento do terreno, porque acredita que há possibilidade de encontrar petróleo”, referindo que estes serão os primeiros estudos de pesquisa de petróleo nas duas localizações.
Desde 1981 foram feitos em Portugal 27 furos, sempre iniciativa de privados, que no seu conjunto investiram cerca de 1.000 milhões de euros na tentativa de encontrar petróleo, explicou.
Todos os furos foram abandonados “ou porque estavam secos ou porque a quantidade encontrada era insuficiente para justificar o investimento”, avançou o presidente da ENMC, realçando que todo o espólio decorrente dos estudos efetuados fica para o Estado, o que “permite ter um conhecimento profundo sobre o território”. (in Observador)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Galp e Partex pré-qualificadas como operadoras para novos blocos angolanos

As portuguesas Galp Energia e Partex integram a lista de 37 companhias operadoras pré-qualificadas para a licitação de 10 blocos para produção de petróleo 'onshore' em Angola, divulgou hoje a empresa concessionária do setor Sonangol.
 
"Em causa estão blocos para exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três) que, segundo a Sonangol podem representar mais de metade das reservas conhecidas de Angola, ou seja pelo menos sete mil milhões de barris.
Entre as 37 petrolíferas pré-qualificadas neste processo de licitação - que arrancou em abril de 2014 - estão também empresas como a italiana Eni, a norte-americana Chevron, ou a colombiana Ecopetrol, também como operadoras.
No concurso para não-operadoras (minoritárias nos grupos empreiteiros a constituir por bloco) estão pré-qualificadas, segundo a mesma informação, 48 empresas.
As companhias pré-qualificadas têm de entregar as propostas formais de licitação até 18 de setembro e os resultados serão conhecidos a 21 de setembro.
Segundo dados da Sonangol consultados pela Lusa, a Galp Energia integra grupos empreiteiros nos blocos do 'offshore' angolano 14 (de produção, em águas profundas), com uma participação de 9 por cento, e 33 (de exploração, em águas ultra profundas), com 05,33%.
Já a Partex tem uma participação de 2,5% no consórcio do bloco 17/06, de exploração em águas ultra profundas, igualmente ao largo de Angola.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, produção que aumentou 12% no primeiro semestre para pouco mais de 1,7 milhões de barris de crude por dia, segundo a Sonangol." (in SAPO)

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Ferreira de Oliveira volta ao mercado e pode concorrer com a Galp

"Depois de nove anos à frente da petrolífera nacional e de menos de três meses de ter saído da liderança da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira vai liderar um novo projecto internacional que tem na mira investimentos nas mesmas áreas geográficas onde a energética portuguesa opera.
De acordo com o Jornal de Negócios, Ferreira de Oliveira vai liderar a Petroatlântico, um fundo cuja maioria do capital está nas mãos de investidores canadianos. O objectivo é investir entre três e cinco mil milhões de euros na exploração e produção de gás natural e petróleo entre Portugal, Brasil e Angola.
Uma estratégia que não implica uma descida ao terreno - ou seja, a Petroatlântico será financiador de projectos com retorno mas não operador directo no mercado. 
O jornal avança ainda que a estratégia - que afasta o fundo dos actuais investimento financeira e ambientalmente pesados de extracção de xisto betuminoso para a obtenção de petróleo - pode colocar frente a frente a Petroatlântico e a Galp em futuros leilões de blocos no Brasil, conhecida que é a vontade vendedora da Petrobras.
Mas também pode colocar o fundo canadiano como parceiro da Galp ou da Repsol no país, partilhando investimentos nas prospecções no Algarve ou Alentejo. 
Ferreira de Oliveira estará também de olho nos colaboradores da Galp tendo em vista o recrutamento para a Petroatlântico." (in Economico)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Novo campo no 'offshore' angolano já produz 60.000 barris de petróleo por dia

Lusa
A petrolífera italiana Eni anunciou hoje o início da produção de petróleo em novos campos do bloco 15/06, no 'offshore' angolano, 350 quilómetros a nordeste de Luanda, registando já um volume de 60.000 barris de crude por dia.
 
De acordo com um comunicado da petrolífera, enviado hoje à Lusa, a produção no denominado campo "Cinguvu" arrancou há duas semanas, antes do previsto, juntando-se ao campo "Sangos", a operar desde novembro no mesmo bloco, em águas profundas angolanas, com profundidades entre os 1.000 e os 1.500 metros.
Este projeto de desenvolvimento da produção de petróleo pela Eni, nesta zona, envolve ainda os campos Mpungi, Mpungi Norte e Vandumbu, poços organizados num sistema de 'cluster' e ligados à FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, em inglês) N'Goma.
Esta unidade, semelhante a um grande petroleiro, tem mais de 340 metros de comprimento por 50 de largura, capacidade para armazenar 1,5 milhões de barris de petróleo e para processar 100.000 barris por dia.
Os dois campos em produção neste bloco garantem já 60.000 barris de petróleo por dia. Contudo, a Eni estima que com a entrada em funcionamento do campo Mpungi a produção desta área se eleve a 100.000 barris diários, até ao final do ano.
Citado na mesma informação, o presidente executivo da Eni, Claudio Descalzi, sublinhou que estes dois poços entraram em operação "dentro do prazo e do orçamento" definido, confirmando o "excelente desempenho" da petrolífera italiana em termos de "eficiência, tecnologia e inovação".
A Eni garante ainda que são esperadas novas descobertas no bloco 15/06, onde a petrolífera descobriu reservas de três biliões de barris que em apenas 44 meses - após o anúncio da descoberta comercial - já estavam a fase de extração.
Aquele bloco é operado pela Eni, que tem uma quota de 35 por cento no grupo empreiteiro, no qual a estatal angolana Sonangol (35%) é a concessionária e que conta ainda com a participação da SSI Fifteen Limited (25%) e da Falcon Oil Holding Angola (5%).
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,8 milhões de barris por dia, mas devido à quebra na cotação internacional de crude, o peso das receitas petrolíferas deverá descer este ano para 36,5%, face aos 70% de 2014, na perspetiva do Governo." (in SAPO)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ferreira de Oliveira despede-se hoje da Galp

"O novo presidente da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, terá um orçamento anual entre os 1,2 e 1,4 mil milhões de euros para investir, sobretudo na exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil e em Moçambique.
O futuro presidente executivo da Galp, Gomes da Silva, deverá hoje assumir o cargo após a assembleia-geral, onde serão votados os novos órgãos sociais, sendo que Ferreira de Oliveira despede-se com uma nota de louvor dos acionistas.
A Galp Energia anunciou a 20 de março a proposta do acionista principal, a Amorim Energia, para a nova administração da empresa para os próximos quatro anos, em que as alterações mais fundamentais foram a substituição de Ferreira de Oliveira, na petrolífera desde 2007, por Carlos Gomes da Silva na presidência executiva e a saída de Palha da Silva, que assumiu recentemente a presidência do conselho fiscal da Tranquilidade.
Américo Amorim afirmou, na altura, que pretendia propor a liderança da equipa executiva a Carlos Gomes da Silva, "que anteriormente exerceu várias funções diretivas na Galp Energia e é seu administrador executivo desde 2008", considerando-o um "profissional com profundo conhecimento da empresa e dos seus negócios".
O novo presidente da Galp Energia terá um orçamento anual entre os 1,2 e 1,4 mil milhões de euros para investir, sobretudo na exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil e em Moçambique.
Além disso, Carlos Gomes da Silva entra a meio das investigações por suspeitas de corrupção na Petrobras, a petrolífera brasileira parceira da Galp na exploração de petróleo no Brasil, que está a provocar atrasos em alguns projetos.
O plano da petrolífera prevê um crescimento anual médio da produção de petróleo e gás entre 25% e 30% no período 2014 a 2020, o que é "uma taxa ímpar no setor", adiantou.
O negócio do gás, em que se move o futuro presidente, também tem corrido de feição à empresa, com as vendas a crescerem 5% em 2014, para 7,5 milhões de metros cúbicos, o que representa um valor recorde.
Carlos Gomes da Silva terá pela frente várias batalhas judiciais se o novo Conselho de Administração der seguimento a todas as lutas que Ferreira de Oliveira anunciou, para contestar uma "onda de legislação dirigida quase explicitamente" à petrolífera nacional.
Em causa estão o alargamento da Contribuição Sobre o Setor Energético (CESE), que custará cerca de 150 milhões de euros, uma multa de 9,3 milhões de euros, aplicada pela Autoridade da Concorrência (AdC) por práticas anticoncorrenciais no mercado do gás engarrafado, e ainda a obrigação de vender combustíveis simples nos postos de abastecimento, a partir de meados de abril." (in Expresso)

terça-feira, 31 de março de 2015

Petrolífera Vaalco abandona poço em Angola

Lusa
"A petrolífera norte-americana Vaalco anunciou hoje ter abandonado o poço 5 na área Kindele-1 de Angola, depois de não ter encontrado petróleo comercialmente viável, mas afirma manter o otimismo relativamente às outras explorações ao largo do país.
 
"Estamos desiludidos com o resultado desta primeira exploração em Angola", disse o presidente executivo da petrolífera, Steve Guidry, acrescentando que a companhia "encontrou hidrocarbonetos não comerciais no grupo Pinda, na formação Catambela, indicado que se está na presença de um sistema provado de hidrocarbonetos".
De forma geral, conclui o líder da petrolífera, citado no 'site' de notícias especializado em energia 'Rigzone', "estamos otimistas sobre perspetivas adicionais e novas explorações, quer no pré, quer no pós-sal, neste bloco".
A Vaalco perfurou a uma profundidade de quase dois quilómetros, mas dados os resultados do poço, a ideia de explorar mais 250 metros foi abandonada.
Em outubro, a empresa tinha anunciado que, juntamente com a Sonangol, tinha entrado na fase subsequente de exploração no bloco 5." (in SAPO)

quarta-feira, 11 de março de 2015

Consórcio da Galp começa prospeção de petróleo na costa alentejana até início de 2016

O consórcio que integra a Galp Energia vai começar a prospeção de petróleo na costa alentejana no final deste ano ou no início de 2016, num investimento superior a 100 milhões de dólares.
 
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Galp anunciou hoje que o consórcio, liderado pela italiana Eni, arrancará com a perfuração do 'deep off shore' (alto mar) português "no final deste ano ou no início do próximo", realçando que a probabilidade de sucesso é "inferior a 20%".
"Vamos ver se a natureza nos ajuda", lançou Ferreira de Oliveira, à margem do dia do investidor, altura em que a petrolífera revelou os planos estratégicos para os próximos cinco anos.
A italiana Eni detém uma participação maioritária de 70% na parceria com a Galp para a prospeção de petróleo na costa alentejana, que representará um investimento acima de 100 milhões de dólares.
O gestor realçou que a Galp Energia participa em mais de meia centena de consórcios, mas em todos eles tem uma participação máxima de 20%, adiantando que o caso português "é um bocado ambicioso".
Ainda assim, mesmo com ajuda da natureza, Ferreira de Oliveira lembrou que só "em meados da década de 20 seria possível ter produção de petróleo em Portugal".
A petrolífera anunciou em dezembro a parceria com a Eni para este projeto. (in SAPO)