segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Norueguesa Statoil baixa em 20% a estimativa de custos de exploração do petróleo do Mar do Norte

"O custo da fase inicial de exploração desta enorme reserva, a mais importante descoberta no Mar do Norte nas últimas três décadas, foi reavaliado em 10,66 mil milhões de euros, contra a estimativa inicial de 13,24 mil milhões de euros, avança o Euronews.
 
A petrolífera norueguesa Statoil baixou esta segunda-feira em cerca de 20% as suas estimativas dos custos da primeira fase de desenvolvimento da sua reserva petrolífera de Johan Sverdrup, no Mar do Norte, avança o canal Euronews.
O custo da fase inicial de exploração desta enorme reserva, a mais importante descoberta no Mar do Norte nas últimas três décadas, foi reavaliado em 10,66 mil milhões de euros, contra a estimativa inicial de 13,24 mil milhões de euros.
A produção durante a primeira fase deverá atingir os 440 mil barris por dia, ou seja um volume muito superior àquele incialmente previsto pela Statoil, entre 315 mil e 380 mil barris diários.
A Statoil prevê que a capacidade de produção atinja os 660 mil barris/dia assim que o complexo petrolífero esteja plenamente operacional, contra uma previsão inicial de entre 550 mil e 650 mil barris diários." (in ECONOMICO)

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Existiu vida em Marte? A resposta pode estar mais perto do que nunca

"Investigadores do MIT desenvolveram uma nova técnica de análise de sedimentos que pode facilitar a descoberta de indícios de vida ancestral em Marte. A técnica vai ser aplicada às amostras recolhidas pelo veículo todo-o-terreno que será enviado para o planeta vermelho em 2020.
 
A nova metodologia de análise vai permitir que o Mars Rover da NASA possa identificar sedimentos praticamente inalterados na superfície marciana. Com a recolha destas amostras, os cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) estão confiantes de que vão conseguir dar resposta a uma das perguntas que mais tem atormentado a comunidade científica nas últimas décadas: existiu ou não vida em Marte?
O MIT diz que esta nova forma de anáise de sedimentos não é invasiva, é mais eficaz e vai permitir identificar materiais rochosos que não foram alvo de erosão intensa e prolongada. Quanto menos alteradas estiverem as amostras, mais fidedigna é a imagem conseguida das condições ancestrais do planeta e maior é a probabilidade de descobrir indícios de vida microbiológica – a existir.
Segundo as informações divulgadas pela instituição, esta nova técnica é uma forma inovadora de analisar os resultados obtidos pela espectroscopia de Raman, um método não invasivo utilizado por geólogos para estudar a composição química de rochas antigas.
 
A ferramenta SHERLOC (Scanning Habitable Environments with Raman and Luminescence for Organics and Chemicals) vai fazer parte do arsenal tecnológico do todo-o-terreno marciano e vai permitir ao veículo robótico recolher amostras sedimentares e rochosas na superfície do planeta, ou imediatamente abaixo da superfície, que não apresentem sinais significativos de transformações geológicas. O MIT diz que a tecnologia SHERLOC será a pedra angular da investigação de indícios de vida em Marte.
Roger Summons, professor no MIT, afirma que os resultados fornecidos pelas atuais técnicas de espetroscopia de Raman são um pouco “confusos”. Por seu lado, Nicola Ferraris, uma das investigadoras da instituição, descobriu uma nova forma de “olhar” para os resultados obtidos, e permite que cientistas possam reinterpretar os resultados da espetroscopia de Raman e chegar a conclusões novas e mais precisas, que podem mesmo levar à descoberta de vestígios de vida ancestral em Marte." (in SAPO)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Laboratório para preparação de fósseis em Moçambique concluído com ajuda de Portugal

"O primeiro laboratório de preparação de fósseis de Moçambique está concluído e a formação de jovens cientistas nessa área foi realizada em instituições portuguesas no âmbito do projeto PalNiassa, disse hoje um dos integrantes daquele programa.
 
"Este projeto científico inovador foi iniciado por paleontólogos portugueses com apoio do Museu Nacional de Geologia de Maputo, e tem como objetivo preservar o património paleontológico do território moçambicano, através da formação de cientistas moçambicanos, da descoberta de novos fósseis e da criação de um laboratório de preparação de fósseis", referiu em comunicado o paleontólogo Ricardo Araújo.
Segundo aquele responsável, o novo laboratório, localizado em Marracuene, nos arredores da capital moçambicana, "possui instalações e equipamentos de ponta, os quais servirão para preparar os inúmeros fósseis de crânios e esqueletos quase completos de animais que viveram em solo moçambicano há mais de 250 milhões de anos". " (in SAPO)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Sonangol com mais 18 concessões petrolíferas no 'offshore' angolano para licitar

"A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) tem planos para licitar mais 18 concessões petrolíferas no 'offshore' angolano, a norte e sul do país, segundo o relatório anual da concessionária estatal do setor petrolífero.
 
De acordo com o documento, o conselho de administração da Sonangol aprovou, antes da entrada em funções, em junho, de Isabel dos Santos como presidente do conselho de administração, o programa de licitações para as novas concessões a negociar com operadores privados.
Destas licenças para pesquisa de hidrocarbonetos, seis estão localizadas na bacia do Congo (norte), casos dos blocos 08, 46, 47, 48, 49 e 50, e as restantes 12 na bacia do Namibe (sul), com os blocos 11 a 13, 27 a 30 e 41 a 45, indica o mesmo documento.
O Governo angolano aprovou em fevereiro de 2015 a divisão em 12 blocos da Zona Marítima da Bacia do Namibe, para futuras concessões petrolíferas, segundo despacho executivo do ministro dos Petróleos que a Lusa noticiou na altura.
De acordo com o documento, assinado pelo ministro Botelho de Vasconcelos, a decisão visa "definir e estabelecer a divisão em blocos" daquela zona 'offshore', permitindo assim "futuras concessões petrolíferas".
Envolve uma área global superior a 68 mil quilómetros quadrados ao largo da província do Namibe, considerada por especialistas como de elevado potencial petrolífero.
A Sonangol anunciou em novembro de 2015 a fase final do processo de licitação de blocos no 'onshore', em terra, para pesquisa de petróleo e gás, que segundo a empresa podem representar mais de metade das reservas conhecidas do país, ou seja, pelo menos sete mil milhões de barris.
Em causa estava a exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três), mas o concurso foi afetado pela forte quebra na cotação internacional do barril de crude nos últimos meses.
Segundo a Sonangol, relativamente a este concurso, foi feita a abertura e qualificação das propostas e dos grupos empreiteiros, "faltando apenas a contratualização".
Os últimos dados oficiais da concessionária estatal angolana indicam que o país tem atualmente disponíveis para concessões 34 blocos e outros 18 estão em fase de produção, enquanto cinco foram entretanto abandonados.
Em 2015, questionado pela Lusa em Luanda, Paulo Jerónimo, administrador executivo da Sonangol para a Exploração e Produção de Hidrocarbonetos, que em junho último foi nomeado presidente da comissão executiva da petrolífera, esclareceu que as reservas de petróleo em Angola estavam então avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).
Angola é atualmente o maior produtor de petróleo em África, com mais de 1,7 milhões de barris por dia." (in SAPO)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Angola descobriu menos petróleo e mais gás em 2015

"As atividades de sondagem dos recursos petrolíferos em Angola durante o ano de 2015 resultaram em descobertas potenciais de 531 milhões de barris de crude, segundo dados da concessionária estatal angolana Sonangol, compilados hoje pela Lusa.
 
Os dados da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) indicam que a atividade de sondagem de exploração ao longo de 2015 resultou em descobertas de 251 milhões de barris de petróleo no campo Pandora do bloco 19/11 e 280 milhões de barris no campo Katambi do bloco 24/11, ambos operados pela BP.
"Em relação ao ano 2014, registou-se uma redução de cerca de 1.009 milhões de barris de petróleo bruto descoberto", admite a Sonangol, que desde junho é liderada pela empresária angolana Isabel dos Santos, nomeada presidente do conselho de administração.
No total, as descobertas potenciais de petróleo ascendem a 531 milhões de barris de crude, quando só este ano o país prevê exportar 690 milhões de barris.
No plano inverso, as descobertas de gás em 2015, em Angola, elevam-se a 9.492 biliões de pés cúbicos, um aumento de 268% face aos resultados da prospeção em 2014.
As duas componentes perfazem um total de 2.176 milhões de barris de óleo equivalente em recursos descobertos, conclui a petrolífera.
Para o efeito, durante o ano de 2015 foram concluídos 60 poços, dos quais cinco poços de pesquisa, dois poços de avaliação, 28 poços de desenvolvimento produtores e 25 poços de desenvolvimento injetores.
Em 2015, questionado pela Lusa em Luanda, Paulo Jerónimo, administrador executivo da Sonangol para a Exploração e Produção de Hidrocarbonetos, que em junho último foi nomeado presidente da comissão executiva da petrolífera, esclareceu que as reservas de petróleo em Angola estavam então avaliadas entre 3,5 mil milhões de barris (categoria de provada) e 10,8 mil milhões de barris (categoria de provável).
Angola é atualmente o maior produtor de petróleo em África, com mais de 1,7 milhões de barris por dia." (in SAPO)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Milhares de pareceres contra furos de petróleo entregues na consulta pública

"A Zero afirmou hoje terem sido milhares os pareceres, de cidadãos e organizações, contra a pesquisa de petróleo na costa vicentina, transmitidos na consulta pública que hoje termina, e que "será muito complicado" se o Governo mantiver a autorização.
 
"Sabemos que até hoje houve milhares de pareceres de pessoas que se pronunciaram contra a atribuição deste título de utilização privada do espaço marítimo", disse à agência Lusa o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável - Zero.
Os ambientalistas da Zero estão "muito expectantes sobre o que é que o Governo irá dizer face ao que é uma enorme maioria de pareceres negativos devidamente consubstanciados para que não se avance com a sondagem de pesquisa", salientou Francisco Ferreira.
"Penso que será uma opção muito complicada se o Governo, face a toda a contestação e argumentação dada no âmbito da atribuição deste título, vier a considerar como válido", independemente de o consórcio já ter afirmado publicamente que não vai por agora avançar com a sondagem de pesquisa, alertou o ambientalista.
A consulta pública do pedido de licença para a sondagem de pesquisa do primeiro poço exploratório do consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI, que integra a Galp Energia, a realizar a 46,5 quilómetros da costa, na zona de Aljezur, no Algarve, termina hoje, depois de a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de ter decidido prorrogar o prazo por mais 30 dias.
O prazo para qualquer cidadão ou organização pronunciar-se sobre a atribuição do título que permite a aquela pesquisa de petróleo era inicialmente 21 de junho.
Trata-se de um tipo de utilização privada do espaço marítimo, e esta é uma das componentes necessária para avançar depois a sondagem de pesquisa.
Francisco Ferreira apontou falta de informações, obtidas com estudos, para que os cidadãos e organizações possam formar a sua opinião e fundamentar os seus pareceres.
"Houve melhorias após esta prorrogação, ou seja, houve estudos que finalmente foram disponibilizados na internet que permitiram uma consulta mais alargada, mas, mesmo assim ficamos muito aquém daquilo que para nós era crucial", defendeu.
Entre os documentos que a Zero considera relevantes estão os "estudos relativos à modelação de um acidente que realmente tem uma probabilidade muitíssimo baixa, mas que pode acontecer bem, bem como uma avaliação que esse risco teria em termos de impacte para os ecossistemas, para a saúde".
Para o especialista, "estes processos de participação pública devem ser credibilizados e este foi dos que teve maior número de respostas em relação à utilização do espaço marítimo".
Na lista de razões da Zero para recusar a autorização para a sondagem de petróleo está o facto de "a prospeção e exploração de hidrocarbonetos em Portugal não ser compatível com a política Europeia de Energia e Clima e com o Acordo de Paris", documento o país vai ratificar, e a existência de risco, "mesmo que diminuto".
Associações ambientalistas, autarquias e movimentos de cidadãos têm contestado a realização de prospeções visando petróleo e gás, na costa alentejana e algarvia." (in SAPO)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Galp cancela pesquisa de petróleo na Costa Vicentina

"Projeto será reavaliado daqui a um ano, mas presidente da Galp admite que por agora não se sabe se valerá a pena fazer o investimento.
 
O consórcio Galp/Eni adiou o furo para pesquisar o primeiro poço de petróleo ao largo da costa alentejana, a 46,5 quilómetros de Aljezur em frente ao Parque Natural da Costa Vicentina.
Esta sondagem de pesquisa estava prevista para o verão, mas, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da empresa, o presidente da Galp Energia explica que o primeiro furo exploratório fica adiado sem nova data prevista.
Carlos Gomes da Silva diz que tudo estava pronto em termos técnicos e logísticos para fazer o furo, mas a decisão da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de prolongar o prazo de consulta pública, por mais 30 dias, levou a que fosse perdida "a oportunidade".
A italiana ENI (que tem 70% do consórcio) e a Galp voltarão a avaliar em 2017 se vale a pena fazer o furo, mas o presidente da petrolífera portuguesa diz que na altura se vai verá se vale a pena fazer o investimento." (in TSF)