quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dormir com as estrelas

Não trouxe mais recordações da Turquia para além daquelas que cabem na minha memória. Não tirei as fotografias que desejava aos altos minaretes e mesquitas que apenas vislumbrei de longe. Não segui o caminho das muralhas romanas ou das pontes bizantinas. Não cheguei a conhecer Istambul de perto. Não tenho as fotografias do turista que foi à Turquia. Contudo, tenho a fotografia em andamento de uma aldeia a sudeste de Diyarbakir. As casas são pobres como as pessoas mas não foi isso que me chamou a atenção; o interessante foi constatar que aqui se dorme em camas instaladas no telhado, sendo o ar livre o refugio para o calor do interior das casas. Aqui, sonha-se mais perto das estrelas.

sábado, 14 de agosto de 2010

A Sudeste de Diyarbakir, assim como quem vai para o Iraque, em pleno Curdistão turco...

Cheguei ontem, cansado e dormente. Embora tenha estado apenas uma semana fora, a viagem pesou.
Tudo começou pela manhã, com um taxi que chegou atrasado e com uns cerca de setenta quilómetros a separar-me do aeroporto, em Diyarbakir. Consegui chegar a tempo. Aliás, no que toca a aviões, não tenho perdido nenhum. E assim continuei o meu trajecto, a saltitar de avião para a avião. De Diyarbakir para Istambul, daí para Munique e, finalmente, até Lisboa, já pela noite adentro.
Para dizer a verdade, fiquei bastante agradado com a Turquia em muitos aspectos. Apesar de estar na região dos curdos, aparentemente insegura, não vi mais que uma ocasional kalashnikov ou o raro tanque. Sei também que recentemente a guerrilha curda explodiu um oleoduto algures mas o problema deles não é seguramente comigo, portanto senti-me mais ou menos à vontade para fazer e falar o que me apetecesse. Gostei das paisagens, da simplicidade das pessoas e da história da região. Diyarbakir por exemplo, possui uma imponente muralha romana, extremamente bem conservada, a circundar a cidade, que foi do pouco que pude ver. Istambul também não vi muito de perto mas ter passado por lá já me deixou contente e fez-me pesquisar os pontos de interesse. Aliás, comprei um guia de viagem da Turquia e, folheá-lo novamente agora, dá-me vontade de correr o país de uma ponta à outra. Talvez noutro dia, noutra viagem e, preferencialmente, como turista.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Festival dos Oceanos em Lisboa

O melhor que tenho a fazer antes de ser lançado para dentro de mais um avião é aproveitar esta Lisboa de hoje que cada vez mais considera os tais como eu, os que também vivem de noite. Assim sendo, aceitei os convites que a cidade me fez e fui passear estas tardes à baixa, para terminar a noite na praça do comércio ou na praça do município. A primeira fez-se encher no sábado para a muito aguardada performance da Lauryn Hill. Digo muito aguardada porque efectivamente se esperou muito, tendo eu inclusivamente zarpado para outras bandas antes da senhora soltar a voz.
O momento alto da semana para já foi no domingo, com a companhia e voz da Mafalda Arnauth, ali mesmo de frente para edifício dos Paços do Concelho. O espaço está de facto muito bem aproveitado para o efeito e os fadistas que por lá irão passar nos próximos tempos foram muito bem escolhidos.
Há que dar mais de Lisboa a Lisboa.