Ia escrever que o deserto já não se deveria chamar assim. Que cada vez está menos deserto. Que se encontra cada vez mais preenchido por grandes instalações ligadas à indústria do petróleo ou do gás natural. Ia escrever também que essas instalações albergam uma razoável comunidade de trabalhadores de diferentes nacionalidades, que por lá vão passando temporadas de duração variável, de dias a meses. E que, apesar de servirem de moradas na maior parte do tempo, ninguém as chama de lar; porque a nossa casa será muito mais que o espaço físico constituído por paredes e tecto.
E é por isso que se deverá sempre chamar deserto. Porque ninguém lá mora. Nunca.
E é por isso que se deverá sempre chamar deserto. Porque ninguém lá mora. Nunca.
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