sábado, 19 de julho de 2008

José Sócrates considera Líbia um parceiro estratégico para Portugal

O primeiro-ministro português, José Sócrates, considerou hoje, em Trípoli, que os projectos de investimento mútuos entre Portugal e a Líbia são "muito ambiciosos", sublinhando que o ideal será equilibrar a "grandemente desfavorável" balança comercial portuguesa com a líbia.

No final de um encontro com o líder líbio, Muammar Kadhafi, o chefe do Executivo de Lisboa salientou a importância de um acordo global de cooperação hoje assinado, bem como de quatro memorandos de entendimento que irão permitir equilibrar a balança dos pagamentos entre os países.

"Portugal importa da Líbia cerca de 1500 milhões de euros, maioritariamente petróleo, e apenas exporta produtos no valor de dez milhões de euros. As
autoridades líbias manifestaram-se totalmente disponíveis para a necessidade de reequilibrar as nossas contas", realçou Sócrates.

Mais investimento português na Líbia e mais investimento líbio em Portugal, bem como apoiar as empresas portuguesas que queiram investir na Líbia são os objectivos desta visita de Sócrates a Tripoli, seguindo o mesmo "raciocínio e estratégia" do que foi feito nos últimos anos em relação ao Brasil, China, Rússia, Venezuela e, mais recentemen
te, em Angola.

"Temos de diversificar as nossas exportações e a Líbia é um dos nossos parceiros estratégicos", sublinhou o primeiro-ministro, após um encontro de mais de uma hora entre a delegação portuguesa que o acompanha e Kadhafi.

Nas declarações à Lusa, Sócrates salientou a importância das relações políticas, económicas e comerciais, projecto iniciado há cerca de três anos, que continuou com a abertura de uma Embaixada de Portugal na capital líbia em Setembro de 2007 e que culmina hoje com a assinatura do "acordo chapéu" de cooperação.


O chefe de Governo português inaugurou hoje, formal e oficialmente, a Embaixada de Portugal em Trípoli, na presença de membros do Governo líbio, do corpo diplomático acreditado em Trípoli e de um grupo de administradores e empresários de diversas empresas, entre elas a Galp Energia, EDP, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, Hagen, Secil, Prológica e Euroatlantic.
in Publico
Onde está o senhor engenheiro?

Parece-me uma boa política do senhor engenheiro Sócrates. Portugal precisa de gerar dinheiro e como o estado está mais vocacionado para o gastar até faz sentido abrir espaços às empresas portuguesas mais competitivas. Essas sim, poderão enriquecer livremente, recebendo o estado a sua quota-parte em impostos ou outras mais valias que não estou agora a imaginar. Veremos como se desenrolam os próximos capítulos. Espero que o tal de "acordo chapéu” de cooperação não se transforme na habitual apanha de bonés…

2 comentários:

Carlos disse...

O menino de ouro do PS no seu melhor..

Hugo disse...

Deve ser uma foto-montagem. Mesmo ao longe, percebe-se que o rapaz que aparece na foto deve ser um modelo fotografico e nao o outro...