Era sabado e estava eu a acordar as sete em ponto. Quase que me ia esquecendo que ainda tinha que atravessar o rio para estar nas Salinas do Samouco antes da nove. E assim foi: acordar, tomar um duche e de seguida empurrar para a goela um pequeno almoco que o estomago ainda nao queria aceitar aquela hora. Contudo, com o sono a mistura a viagem fez-se num instante e eram ainda umas oito e meia quando chegamos a porta da recepcao das salinas, onde iriamos aguardar pelo guia e resto do grupo de visitantes.
O trajecto escolhido, circular e de cerca de 5 km, foi o chamado trilho do flamingo. Fez-se a hora e deu-se corda aos sapatos para o arranque de uma manha particularmente solarenga deste quente Setembro. Ao longo do caminho fez-se bastantes paragens para observacoes e/ou explicacoes do guia. Assim, o percurso, apesar de curto, transformou-se em tres horas e meia de contextualizacao historico-social das salinas e da actual perspectiva conservacionista do local de que as variadas especies de aves e passariformes aproveitam.
Pelo meio disso tudo, percorreu-se antigas salinas com os variados tanques e sistemas de comportas; observou-se flamingos, garcas, pernilongos, outras aves e passaros; conviveu-se com os burros mirandeses que se encontram a solta nos terrenos; aprendeu-se acerca do processo de anilhar aves e visitou-se o complexo da unica salina ainda em laboracao, com as suas praticas tradicionais ainda activas (vide fotos, que expressam melhor que as palavras).
Finda a visita, terminamos onde comecamos - na recepcao do parque, junto as antigas instalacoes de salga do bacalhau.
O dia de passeios contudo, apenas terminou com a visita a Alcochete onde o almoco nos fez retemperar as forcas. E assim foi mais um dia de provas.