"O consórcio que integra a petrolífera espanhola Repsol e a Partex, braço da Fundação Calouste Gulbenkian para esta área de negócio, inicia no próximo mês de Outubro os trabalhos de perfuração de gás natural, ao largo da costa algarvia.
“Está tudo pronto para avançar com a exploração de gás natural no Algarve”, afirmou António Costa Silva, presidente da comissão executiva do Grupo Partex, em entrevista à Antena1 e ao Económico.
A concessão, lançada em 2001, só seria, no entanto, assinada em 2011.
O poço situa-se a cerca de 40 a 50 quilómetros da costa, em frente a Faro, mas António Costa Silva garante que “não vai haver nenhuma plataforma petrolífera em frente à praia. Tudo se passará no fundo submarino".
O gestor considera ainda que a solução de congelar a produção de petróleo, que deverá sair da reunião de Doha que se realiza este domingo, não vai ser suficiente para alterar a dinâmica do mercado.
E lembra que se está a produzir mais do que aquilo que se consome. São cerca de 2 milhões de barris a mais por dia. Isto significa que o preço de venda física diária é inferior ao preço do futuro, situação que leva ao armazenamento.
Esta dinâmica, segundo Costa e Silva, “só se altera com uma redução da produção, o congelamento não basta. Acredita, no entanto, que a existir uma decisão “ela vai provocar um aumento do preço do petróleo que poderá chegar aos 50 dólares por barril”.
Costa e Silva lembra também que o congelamento da produção representa um primeiro passo na reversão da politica da Arabia Saudita, uma vez que a industria petrolífera vive um caso único na sua história, com os países dá OPEP a produzir no máximo para arruinar a politica do ‘shail oil’ (petróleo de xisto) dos EUA.
Outro dos pontos em destaque vai para os recursos naturais portugueses. António Costa e Silva considera que é “uma missão de soberania nacional” inventaria-los.
Só depois deve vir a discussão sobre o que se vai ou não explorar. Lamenta que isto não esteja a ser feito e lembra que há 4 zonas onde pode existir ‘shale gas’ ou ‘shale oil’.
Por outro lado defende que não há uma politica publica inteligente na área dos transportes. O que existe, segundo Costa Silva, “é irracional”. Para o CEO da Partex este é um dos principais problemas energéticos.
Portugal, adianta, está a gastar mais do que devia. Por ano, Portugal gasta cerca de 5 a 6 mil milhões de euros para importar petróleo e 3 mil milhões são desperdiçados nas cidades. Trinta e seis por cento da energia final consumida em Portugal são gastos nos transportes sem que haja uma política pública nesta matéria.
Considera que até compreendia que o Estado aumentasse o imposto sobre os produto petrolíferos, se fosse criada uma politica de transportes" (in ECONOMICO)
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