domingo, 7 de abril de 2013

Cidade do Cabo - primeiras impressoes

Nove horas da manha. Foi essa a hora a que cheguei ao aeroporto de Lisboa. O meu voo levava-me a Londres e so depois a Cidade do Cabo mas, como evitava passar em Joanesburgo, pensei que nao estava mal servido - isto apesar de ter em mente as horas de espera em Heathrow.
Mas desta vez fui demasiado optimista. O tal de aviao em Londres teimou em adiar a minha partida devido a problemas no gerador de um dos motores. Confesso que ja estava pronto para nao sair de Londres naquele dia. Cada vez que olhava para o quadro dos voos constatava que o meu atrasava sempre uma hora. E assim foi, ate que finalmente os passageiros foram autorizados a embarcar e o voo la se realizou com quase tres horas de atraso. Nao ha muito mais a contar que minimize o meu enfado.
 
Dez horas da manha. Foi essa a hora a que aterrei na Cidade do Cabo. Cheguei cansado da noite mal dormida mas receptivo ao novo local. As famosas "table mountains" avistam-se logo a partir da saida do aviao. Sai do aeroporto para o escritorio e comecei a trabalhar. Parei ao fim da tarde para ir largar a bagagem no meu "bed & breakfast" - sitio simpatico, com uma pequena piscina e ambiente acolhedor. Pena e' que o Inverno tenha chegado as estas paragens recentemente mas de certeza que isso nao me ira impedir de descobrir a cidade e arredores. O trabalho talvez, mas o clima nao.
 
As primeiras impressoes sao bastante positivas. So tenho carro desde ontem e devido a isso, e para ja, apenas consegui ir jantar a um centro da cidade algo caotico por acasiao de um festival de jazz que atraiu muitos visitantes. No entanto, e apesar do GPS que me permitiu chegar a casa ontem a noite, confesso que ainda tenho de me re-ajustar a conducao do lado "errado" da estrada - este sera de facto o grande flagelo do passado colonial ingles.
Por aqui as ruas sao amplas, limpas e a urbe mostra sinais de grande organizacao - muito possivelmente herdada dos holandeses. Para ja estou a morar na periferia em Parow, perto do escritorio, o que considero para ja uma vantagem. Existem aqui imensos espacos verdes, a vista para os grandes planaltos e' optima e ha uma grande variedade de aves por muitos locais, onde curiosamente se incluem pintadas e algumas especies de patos. No meu escritorio constato que estou literalmente em contacto directo com a natureza: a minha chamada telefonica chegou a ser mesmo interrompida pela barulhenta presenca de um pato. E nao e' que o individuo e' curioso o suficiente para se deixar estar junto a minha janela por tempos indeterminados? E' como ter a professora de olho a controlar se estou a estudar. Trata-se portanto de um bicho peculiar.
Soubesse ele o que eu gosto de arroz de pato... E de pato no forno... E de pato no tacho de que maneira seja...



 

2 comentários:

Benfiquista disse...

Devias ter levado o camaroeiro para apanhar o pato hehehe..

Hugo disse...

ou a cana de pesca!