Para nao variar, persisto na tematica da fauna local. Desta vez sao focas - ou leoes marinhos, nao sei bem - que me chamaram a atencao ao caminhar pelo porto da Cidade do Cabo. Quanto mais olho para eles mais me parecem uma especie de caes que trocaram as patas por barbatanas.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Cidade do Cabo: mais bicharada
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Cape Town, South Africa
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Cidade do Cabo - segundas impressoes
Mais um dia no escritorio e eis que tenho outra visita a janela. Desta vez, e' uma pintada (tambem apelidada de fraca) e nao sei bem como e' que este individuo chegou ao parapeito da janela do meu primeiro andar. Deve ter visto pato e tambem quis fazer o mesmo. De facto, se nao ligasse ao minusculo pormenor que destigue os patos das pintadas - a capacidade de voar - nao estaria tao surpreendido.
Alias da minha janela consigo ver onde esta o resto do grupo destes individuos: no chao.
Aparte de relatos varios que me comprovam o paladar unico destas aves, para mim a sua peculariedade maior e' o facto de que, segundo me contaram na Tanzania, estas aves serem originais da costa leste africana. Aparentemente, foram os navegadores portugueses dos seculos XVI-XVII os responsaveis pela sua difusao pelo resto do mundo. Isto tambem pode ser inventado.
Ontem dei por mim a olhar para camelos a andar pelo parque do outro lado do escritorio. Felizmente descobri a tempo que estavam a montar um circo senao comecava a desconfiar disto tudo. Enfim, para ja, a Cidade do Cabo resume-se a trabalho intensivo e bicharada.
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domingo, 7 de abril de 2013
Cidade do Cabo - primeiras impressoes
Nove horas da manha. Foi essa a hora a que cheguei ao aeroporto de Lisboa. O meu voo levava-me a Londres e so depois a Cidade do Cabo mas, como evitava passar em Joanesburgo, pensei que nao estava mal servido - isto apesar de ter em mente as horas de espera em Heathrow.
Mas desta vez fui demasiado optimista. O tal de aviao em Londres teimou em adiar a minha partida devido a problemas no gerador de um dos motores. Confesso que ja estava pronto para nao sair de Londres naquele dia. Cada vez que olhava para o quadro dos voos constatava que o meu atrasava sempre uma hora. E assim foi, ate que finalmente os passageiros foram autorizados a embarcar e o voo la se realizou com quase tres horas de atraso. Nao ha muito mais a contar que minimize o meu enfado.
Dez horas da manha. Foi essa a hora a que aterrei na Cidade do Cabo. Cheguei cansado da noite mal dormida mas receptivo ao novo local. As famosas "table mountains" avistam-se logo a partir da saida do aviao. Sai do aeroporto para o escritorio e comecei a trabalhar. Parei ao fim da tarde para ir largar a bagagem no meu "bed & breakfast" - sitio simpatico, com uma pequena piscina e ambiente acolhedor. Pena e' que o Inverno tenha chegado as estas paragens recentemente mas de certeza que isso nao me ira impedir de descobrir a cidade e arredores. O trabalho talvez, mas o clima nao.
As primeiras impressoes sao bastante positivas. So tenho carro desde ontem e devido a isso, e para ja, apenas consegui ir jantar a um centro da cidade algo caotico por acasiao de um festival de jazz que atraiu muitos visitantes. No entanto, e apesar do GPS que me permitiu chegar a casa ontem a noite, confesso que ainda tenho de me re-ajustar a conducao do lado "errado" da estrada - este sera de facto o grande flagelo do passado colonial ingles.
Por aqui as ruas sao amplas, limpas e a urbe mostra sinais de grande organizacao - muito possivelmente herdada dos holandeses. Para ja estou a morar na periferia em Parow, perto do escritorio, o que considero para ja uma vantagem. Existem aqui imensos espacos verdes, a vista para os grandes planaltos e' optima e ha uma grande variedade de aves por muitos locais, onde curiosamente se incluem pintadas e algumas especies de patos. No meu escritorio constato que estou literalmente em contacto directo com a natureza: a minha chamada telefonica chegou a ser mesmo interrompida pela barulhenta presenca de um pato. E nao e' que o individuo e' curioso o suficiente para se deixar estar junto a minha janela por tempos indeterminados? E' como ter a professora de olho a controlar se estou a estudar. Trata-se portanto de um bicho peculiar.
Soubesse ele o que eu gosto de arroz de pato... E de pato no forno... E de pato no tacho de que maneira seja...
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