A minha (ainda) actual vida de viagens em busca do ouro negro permite-me apreciar agora ainda mais os meus passeios pelo Portugal além Lisboa. Desta vez, foi o meu regresso às aulas que me proporcionou uma visita a Borba, onde já não ia talvez há três anos. Curiosa e particularmente interessante foi a visita a um dos locais de extracção de mármore da região: a pedreira do texugo. O mármore daqui extraído encontra-se estratigráficamente associada à Formação Vulcano-Sedimentar de Estremoz. Esta última, encontra-se separada da formação dolomítica que lhe precede por um nível silico-ferruginoso descontinuo que se supõe equivaler à discordância estratigráfica que faria contactar os terrenos câmbricos com o Ordovícico. A formação é constituída por metavulcanitos ácidos e básicos e por tufitos, além de extensos depósitos carbonatados: os Mármores de Estremoz. Estes são calcários cristalinos metamorfisados pouco xistificados, de grão médio, e calcoxistos, apresentando por vezes alguma dolomitização. A formação apresenta por vezes espessuras superiores a 200 metros 
  

 Dado o avanço na remoção de material e razões de carácter económico, decidiu-se iniciar um processo de exploração subterrâneo, com recurso ao dimensionamento de pilares naturais para suporte dos tectos da área de escavação. Chama-se a isto a metodologia de desmonte por câmaras e pilares e consiste basicamente no desmonte de rocha, deixando intactas determinadas áreas da jazidas que servem de suporte do terreno suprajacente.
 Dado o avanço na remoção de material e razões de carácter económico, decidiu-se iniciar um processo de exploração subterrâneo, com recurso ao dimensionamento de pilares naturais para suporte dos tectos da área de escavação. Chama-se a isto a metodologia de desmonte por câmaras e pilares e consiste basicamente no desmonte de rocha, deixando intactas determinadas áreas da jazidas que servem de suporte do terreno suprajacente.
 
