domingo, 16 de janeiro de 2011

Ostrava - Česká republika

Ostrava é a terceira maior cidade da República Checa e por lá tenho passado no passado recente. Talvez devesse escolher outra palavra ao invés de passado mas suponho que a frase não tenha a mesma graça. E convenhamos, passar no passado é isso mesmo - é passado.
Voltando a Ostrava. Trata-se de uma cidade que se desenvolveu com a exploração de carvão a partir do século XIX e tem até um museu dedicado à actividade mineira que, infelizmente, ainda não tive oportunidade de visitar. Como tem uma história recente, será fácil de entender que não possua edifícios ou monumentos marcantes, sem contudo não deixar de impressionar pelo tipo arquitectónico utilizado. Não sendo muito exuberante é, sem duvida alguma, diferente do que estou habituado a ver e, tal como observei na Polónia, reparo que as igrejas assumem uma vez mais a tendência para o desenvolvimento excessivo em altura.
Existe uma interessante praça que será (suponho eu) o centro histórico da cidade onde aliás estive a almoçar - não gostei muito da comida. Até à data, no que se refere à gastronomia checa achei tudo muito pobre, o que curiosamente contrabalança com a qualidade das cervejas.
De resto, não tenho assim muito a acrescentar. Apenas que volto para lá amanhã.



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Oświęcim (Auschwitz) - Polska

O vocábulo alemão Auschwitz designa o município de Oświęcim, localizado no sul da Polónia. Neste local, onde foram perpetrados os crimes que todos já ouvimos falar, existe ainda o complexo prisional, transformado agora num museu e local de peregrinação de pessoas que não querem deixar esquecer do que a Humanidade é capaz.
Foi com muita curiosidade que aceitei o convite para conhecer o campo de concentração e foi com a promessa de nunca mais lá voltar que me despedi de Auschwitz. Obviamente que sabia para onde ia mas não esperava que a dor estivesse ainda tão bem marcada a cada esquina. Digo campo de concentração mas na verdade existem um conjunto deles, tendo eu visitado apenas o original, também designado por Auschwitz 1, que foi mais tarde todo o centro administrativo do conjunto. O imponente portão de entrada brinda os visitantes com as palavras "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) da mesma forma que castigava os prisioneiros que diariamente por ele passavam para os trabalhos forçados no exterior. A partir do portão, não se tenha ilusões. Aqui viveu-se dolorosos tempos e morreu-se. O que lá resta são as provas disso.
Porque senão hoje não acreditávamos.





















sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Petrobras e Eni ultimam acordo accionista sobre Galp

Operação de venda da posição da Eni poderá ficar fechada até domingo. O negócio também envolve troca de activos.

"A Galp pode estar a dois dias de uma nova reestruturação accionista. O acordo de venda da participação de 33,34% que a Eni detém no capital da Galp aos brasileiros da Petrobras deverá ficar fechado até ao próximo domingo, dia 9.

Os valores da operação rondarão os quatro mil milhões de euros, dos quais apenas 3.500 milhões de euros serão pagos em dinheiro - números próximos dos valores que o Diário Económico já noticiou. O restante montante envolverá activos petrolíferos, conforme divulgou o jornal italiano "Milano Finanza" na edição de ontem.

Este cenário implica assim um entendimento prévio com outros dos accionistas de referência da Galp, também com 33,34% do capital: a Amorim Energia, controlada pelo empresário Américo Amorim (55%) e os seus sócios angolanos - Sonangol e Isabel dos Santos (45%)." (noticia daqui)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lysá Hora - Moravskoslezske Beskydy

Moravskoslezske Beskydy designa uma cadeia montanhosa da Republica Checa que inclusivamente se estende até à Eslováquia, tendo como ponto mais elevado Lysá Hora a 1323 m. O seu nome remete para a divisão histórico-geográfica entre a Morávia e a Silésia. A origem do relevo é Terciária e deriva de fenómenos associados à orogenia alpina.
Enfim, chega de introdução.
No final do passado Outubro, aproveitando o ainda bom tempo e a escassez de neve, foi concretizada a subida a Lysá Hora, num total de cerca de dez quilómetros a subir por montes e mato. Para dizer a verdade foi extenuante. O declive é bastante elevado e o ritmo da caminhada quebrou-me o corpo, que andou a queixar-se pelos dias seguintes, sendo os gémeos e os glúteos aquilo que padecia de maior queixume (uns devido à subida e outros pela desci
da, como será fácil de adivinhar). A caminhada durou mais de três horas até ao topo e cerca de duas horas e meia para o caminho inverso. Apesar de estar integrado num grupo passei a maior parte do tempo a caminhar sozinho, de mochila às costas e maquina fotográfica na mão. A floresta, bastante cerrada por vezes, possui a sua linguagem própria, e comunica sob a influência do vento - há que encontrar os diferentes sons entre os silêncios. Avistam-se gamos nestas paragens e na altura não me ocorreu felizmente que também há lobos e ursos. O caminhar sozinho e as tretas dos silêncios é muito bonito desde que não se dê de caras com alguma bicharada esfomeada.
Dei por mim a avistar as grandes antenas de comunicação no topo da montanha quando apanhei novamente o grupo que ia à minha frente. O ultimo quilómetro é de declive muito acentuado e o gelo dificulta o equilíbrio na rocha crua e desflorestada. Já lá em cima, seguem-se momentos de descanso e rectificação energética numa pequena cabana de madeira aquecida, a chata Lysá Hora. A conversa é animada mas, depois de tiradas as fotografias da praxe e de uma pequena escaramuça envolvendo bolas de neve, faz-se hora de descer. Anoitece quando estamos quase no final do nosso trajecto.
Chego exausto ao carro depois de cerca de vinte quilómetros caminhados. Não sinto os pedais durante a condução até ao hotel. Foi um dia bom.