Acabei de realizar mais uma interessante maratona Lisboa-Roma-Tripoli, com tempos mortos em aeroportos pelo meio... Daqui a 2 dias devo de estar no mesmo rig outra vez. Espera-me portanto mais uma viagem de jipe pelo deserto quentinho, depois de uma noite mal dormida possivelmente.
Logo conto mais.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Generalidades - passado recente
Deve-se começar pelo início mas ainda assim vou iniciar a história um pouco antes disso. Ou seja, existia vida antes do blog.
Corria o mês de Fevereiro quando aceitei embarcar (um termo que para mim é pleno de significado) numa jornada de trabalho fora de Portugal. Até à data, tinha estudado e trabalhado sempre perto de casa mas, sendo geólogo por formação e aventureiro por natureza, sempre soube que mais cedo ou mais tarde abdicaria desse luxo. Só não sabia que a mudança ia ser para tão breve. Ou para tão longe.
Nesse mês fui então a Milão assinar contrato com uma empresa de serviços de geologia do petróleo, tendo lá ficado dois dias a conhecer a cidade, que aconselho como destino turístico. Como a vida não é só feita de passeios, estive de seguida dez dias em formação numa povoação chamada Rosate, onde se furava um poço de petróleo. Foi uma boa experiência que partilhei com mais quatro colegas portugueses e onde aprendi a base do que eu faço actualmente. Em termos comparativos, deve ser uma espécie do “ir à tropa”. Voltei a Portugal onde passei dois boémios meses á espera de uma chamada que acabou por chegar.
No dia 8 de Maio apanhei avião para Tripoli, na Líbia, de onde parti novamente no dia seguinte, agora de jipe, para o meio do quente Sahara, nomeadamente para a região oeste da bacia de Sirte, onde se encontrava em furação o poço onde estive cerca de seis semanas (ver fotos). Para já trabalho como mud logger, que é basicamente um técnico de laboratório de geologia mas com muitas responsabilidades acrescidas. É um trabalho que não é sempre fácil, até porque implica treze horas diárias, mas o que custa mais ainda talvez sejam as saudades de casa. Mais tarde vem a compensação, quando regresso a casa pelo mesmo tempo que estive a trabalhar.
Acerca da Líbia, em si, confesso que não consegui ter muito tempo disponível para turismo; e no meio do deserto também é difícil encontrar paisagens muito diferentes. Ainda assim trouxe muitas recordações, vi fauna e flora exóticas, contactei com pessoas de variadíssimas nacionalidades, já sei falar meia dúzia de palavras em árabe e posso dizer que ainda percorri uns quilómetros de deserto a pé nos meus (poucos) tempos livres.
Em breve voltarei para lá.
O poço.
Ossos de camelo.
Tempestade de areia. Foi mais uma poeirada que outra coisa...
O Sahara.
45º C à sombra.
"Ripple-Marks".
Lua cheia.
Corria o mês de Fevereiro quando aceitei embarcar (um termo que para mim é pleno de significado) numa jornada de trabalho fora de Portugal. Até à data, tinha estudado e trabalhado sempre perto de casa mas, sendo geólogo por formação e aventureiro por natureza, sempre soube que mais cedo ou mais tarde abdicaria desse luxo. Só não sabia que a mudança ia ser para tão breve. Ou para tão longe.
Nesse mês fui então a Milão assinar contrato com uma empresa de serviços de geologia do petróleo, tendo lá ficado dois dias a conhecer a cidade, que aconselho como destino turístico. Como a vida não é só feita de passeios, estive de seguida dez dias em formação numa povoação chamada Rosate, onde se furava um poço de petróleo. Foi uma boa experiência que partilhei com mais quatro colegas portugueses e onde aprendi a base do que eu faço actualmente. Em termos comparativos, deve ser uma espécie do “ir à tropa”. Voltei a Portugal onde passei dois boémios meses á espera de uma chamada que acabou por chegar.
No dia 8 de Maio apanhei avião para Tripoli, na Líbia, de onde parti novamente no dia seguinte, agora de jipe, para o meio do quente Sahara, nomeadamente para a região oeste da bacia de Sirte, onde se encontrava em furação o poço onde estive cerca de seis semanas (ver fotos). Para já trabalho como mud logger, que é basicamente um técnico de laboratório de geologia mas com muitas responsabilidades acrescidas. É um trabalho que não é sempre fácil, até porque implica treze horas diárias, mas o que custa mais ainda talvez sejam as saudades de casa. Mais tarde vem a compensação, quando regresso a casa pelo mesmo tempo que estive a trabalhar.
Acerca da Líbia, em si, confesso que não consegui ter muito tempo disponível para turismo; e no meio do deserto também é difícil encontrar paisagens muito diferentes. Ainda assim trouxe muitas recordações, vi fauna e flora exóticas, contactei com pessoas de variadíssimas nacionalidades, já sei falar meia dúzia de palavras em árabe e posso dizer que ainda percorri uns quilómetros de deserto a pé nos meus (poucos) tempos livres.
Em breve voltarei para lá.
O poço.
Ossos de camelo.
Tempestade de areia. Foi mais uma poeirada que outra coisa...
O Sahara.
45º C à sombra.
"Ripple-Marks".
Lua cheia.
Olhadela #1 - Introdução
Saudações.
A ideia de criar este blog não é nova mas concretizou-se finalmente.
Este pretende ser apenas um relato de vivências e opiniões, pautando-se pelo ritmo da vida, o que o torna uma publicação de regime irregular.
Os artigos aqui presentes serão assim as minhas olhadelas comentadas sobre o mundo e as pessoas.
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